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Depois da Crise. Você já pensou nisso?



Autor: Anselmo Comaru

 

Quando o assunto é crise econômica nós já estamos escolados. Vivemos tantas no Brasil que estamos acostumados a nos adaptar como ninguém.

 

Sorte ou não, nosso comportamento frente à crise mundial, comparado ao dos países desenvolvidos é exemplar. Reduzimos nossa atividade econômica com impacto invejável, com apoio do estado em setores com alto comprometimento empregatício, o empresariado brasileiro procurou estabelecer acordos de manutenção de empregos com seus funcionários e colaboradores, com novas discussões de preços e salários, o spread bancário finalmente voltou a ser discutido para exercitar patamares racionais, alguns países parceiros do Brasil estão mantendo seus acordos comerciais, evitando assim, maior desaquecimento da economia.

 


Na verdade, as ações de proteção aos principais setores produtivos brasileiros estão surtindo efeito, e mais rápido que a média dos países afetados. No entanto, há uma pergunta interessante para responder: se já estivermos estabilizado nossa economia, qual será o próximo passo?

 

Ficou claro que o modelo econômico atual precisa ser atualizado, isso no mundo todo. Todos os países desenvolvidos estão passando por uma crise maior que a nossa, com necessidade de socorro por parte dos governos a setores financeiros e industriais que ainda precisam ser calibrados. É importante lembrar que em sua maioria, cresciam entre 2% e 5% ao ano, pois seu mercado já era amadurecido. A perda em uma economia com crescimento discreto vai demorar mais para ser assimilada e recuperada que em uma economia que perseguia crescimentos anuais na casa dos dois dígitos percentuais.

 

Bem, parece que o “fundo” do poço (no Brasil) já está próximo, quando recomeçarmos, quais serão as mudanças no relacionamento comercial com nossos países parceiros?

 

Ao que podemos observar, o mercado vai precisar rever alguns conceitos. O mercado futuro precisará ser menos especulativo, as barreiras comerciais entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento deverão ser reestudadas. Oportunidades, direitos e deveres devem passar por uma boa reavaliação. O mundo globalizado vai mudar, no mínimo, para não cometer os mesmos erros.

 

Que vamos ter mudanças significativas com esta nova realidade já é certeza. O necessário agora é que nos preparemos para negociar nosso posicionamento de forma a ocupar mais espaço na balança econômica.

 

Ou, com um pouco mais de ousadia, influenciar as mudanças no modelo econômico atual, ao invés de depender de quem tomará decisões, posto que influenciar é muito melhor que depender.

 

A arte de planejar é atirar na parede enquanto o alvo está sendo construído, e quando ele estiver pronto, enfim conferir a pontaria.

 

Anselmo Comaru é gerente de projetos SAP/BPM da SYSone Consulting.

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