Uma pesquisa realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo, FCDLESP, não aponta crescimento nas vendas para o Dia das Mães, a segunda data mais importante para o varejo depois do Natal. De acordo com a pesquisa, que coletou dados de Câmaras de Dirigentes Lojistas, CDLs, das principais cidades do Estado, constatou-se que, se houver crescimento esse será de no máximo 1% ou 2%.
Para o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff, a data neste ano será de baixo retorno de vendas. “As vendas nesta semana que antecede o Dia das Mães é que determinarão se o varejo irá recuperar o faturamento do ano passado. Mas, de acordo com a atual situação econômica, de incertezas e aumento da carga tributária, não há muito que se comemorar”, afirma. Para quem não dispensará uma data de “lembrancinhas”, o ticket médio por pessoa deve ficar entre R$ 60,00 e R$ 120,00.
Outra cidade que também não apresenta grandes expectativas é Campinas. Para a presidente da CDL do município, Adriana Flosi, os baixos indicadores macroeconômicos estão sendo um dos principais motivos de recessão na região. “Se houver crescimento, a expectativa é de 3% e isso é a pior percentual dos últimos oito anos”, explica. “A alta dos juros e a inflação reduziram o poder de compra dos consumidores”, completa.
Sem presentes com maior valor agregado, a previsão é que setores como vestuário e calçados, seguidos dos eletroeletrônicos, perfumarias e higiene pessoal sejam os mais procurados pelos consumidores para presentear nesta data. “Diante da crise econômica e política, os filhos podem optar por presentes que não tenha valor muito alto, assim não se comprometem com novas dívidas”, explica Stainoff.
Se de um lado o consumidor está receoso, do outro as empresa também estão precisando inovar para garantir um Dia das Mães mais otimista. “As empresas estão se reinventando e apesar de corte de custos, essas têm promovido ações para atrair os clientes que, por sua vez, está valorizando o dinheiro ao gastar. Vejo que um segmento que pode crescer são bens para casa, pois as pessoas têm saído menos (alimentação e passeios fora do lar) e com menos, elas estão fazendo mais”, afirma André Luis Peroni Angelo, presidente da CDL de Barretos.