Diferenciar-se pelos dados gerados hoje

Autor: Thiago Rondon
Cada vez mais as empresas estão se voltando para seus históricos de dados a fim de buscar informações para melhorar o desempenho e o atendimento aos clientes. A American Express utiliza históricos dos clientes para estudar casos e tomar decisões quando clientes solicitam o cancelamento de seus cartões, por exemplo. A definição dos preços nas lojas Macy´s é feita pelo ERP, que utiliza informações históricas e dados de demanda e oferta. O autoatendimento para motoristas em redes de fast food (Drive thru) utilizam informações criadas com dados de comportamento a partir de imagens extraídas das câmeras de segurança dos clientes que estão chegando para definir os pratos a serem oferecidos, diminuindo assim o tempo de atendimento.
Se formos para a ficção, o filme “Moneyball – O homem que mudou o jogo” mostra como um gerente de time de beisebol aposta em dados e informações históricas para criar um grupo de jogadores com as características necessárias para obter sucesso, mesmo sem muitos investimentos. Em breve esta situação não será apenas vista no cinema ou nas grandes corporações, será uma necessidade de empresas de todos os tamanhos e dos mais variados setores de atuação.
Muitas empresas atualmente não possuem sistemas transacionais (OLTP) ou similar de todas suas informações de maneira consolidada e estruturada, com séries históricas para oferecer tomadas de decisões melhores, ou quando tem, em alguns casos nem sempre todas as informações geradas atualmente estão armazenadas neste banco de dados, conhecido como Data Warehouse, pois nem todas os dados gerados pela empresa são suportados atualmente.
O histórico de dados de uma empresa é extremamente importante para cumprir obrigações legais, reduzir riscos e aumentar a produtividade. Mas além destes aspectos precisamos considerar que, em breve, muitos aplicativos e soluções estarão disponíveis no mercado e serão capazes de trabalhar com os dados gerados atualmente para ajudar empresários a tomarem decisões estratégicas.
É possível verificar esta tendência no mercado ERP, que já está realizando integrações com soluções de Big Data. A principal questão será entender como utilizar todas as informações geradas até o momento,  não perder dados preciosos e se diferenciar da concorrência o mais rápido possível.
Outro movimento que esta ganhando força é a Internet das coisas, onde tudo e todos estarão conectados e se comunicando para gerar facilidades para viver e trabalhar, e para isto os dados históricos armazenados de maneira estruturada terão uma grande importância para criação destas novas ofertas, tais elas como comunicações com clientes.
Por isto, é importante refletir agora quais dados são produzidos pela empresa e como eles serão guardados. A definição da política de armazenamento é extremamente estratégica e uma preocupação que deve ser considerada o quanto antes. Armazenar dados em um local seguro, com um provedor de armazenamento em nuvem que tem um bom histórico de confiabilidade e gerenciamento, é a melhor maneira de garantir proteção contra desastres catastróficos e garantir a durabilidade destas informações.
Os dados gerados hoje serão extremamente úteis no futuro. Cuidar bem dessas informações agora pode ser a ação que fará a empresa progredir e se diferenciar em alguns anos, possibilitando futuramente a migração para sistemas que poderão receber, processar e disponibilizar estes dados de maneira que a resposta seja imediata para qualquer pergunta, oferecendo desta maneira um sistema inteligente de analise do seu negócio em tempo real.
Thiago Rondon é CEO da b-datum.

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