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Disponibilidade: cliente compra o que vê

Autor: Camilo Manfredi
 
O último trimestre é um período crítico para indústrias e varejos que trabalham para superar metas e resultados via vendas de final de ano. O número de consumidores nas lojas é maior, como é maior também o volume de compras online. Um exemplo: as vendas no comércio varejista apresentaram crescimento nominal anualizado de 10,1%, em setembro de 2014 e aumento de 3,4%, deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado no dia 15 de outubro. Se olharmos para o final do ano passado, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2013, as vendas no comércio varejista cresceram 0,7% na passagem de outubro para novembro. Foi a nona alta consecutiva registrada pelo indicador.
 
Neste cenário, a assertividade do plano de demanda e a operação tornam-se fundamentais na resposta a todo esse consumo elevado. Para evitar esvaziamento repentino dos estoques e falta de produtos nas prateleiras ou ausência de itens nos centros de distribuição que fazem atendimento direto a cliente e e-commerce, cinco itens precisam ser observados pelas empresas:
 
– Entendimento da demanda – de uma maneira bem prática, analisar o que aconteceu no mesmo período em anos anteriores, verificar o índice de crescimento anualizado e ter a ciência dos eventos previstos auxiliarão no entendimento pleno. Como sempre, ferramentas de previsibilidade de demanda e colaboração “interna / externa” fortalecem e solidificam os processos.
 
– Acordos de fornecimento – entregar e receber a quantidade necessária quando se precisa é o objetivo. Quando o nível de serviço dos fornecedores é relativamente baixo, acordos de fornecimento, que contemplem um plano futuro de abastecimento podem minimizar o risco da falta e até eventuais multas por atrasos e não entregas. A gestão desses acordos deve ser facilitada.
 
– Gestão proativa dos estoques – o acompanhamento constante sobre os níveis de estoque é um diferencial e garante que os produtos estejam na hora, local e quantidade correta. A gestão proativa normalmente vai da inteligência de reposição ao monitoramento do processo por meio de indicadores de performance.
 
– Velocidade na reposição dos produtos – velocidade atualmente é imprescindível; uma rápida reposição proporciona uma combinação de baixo custo de estoque e alta disponibilidade de produtos. O conceito de agregação de estoque facilita a implantação dessa ação. É importante agregar o máximo de estoque no centro de distribuição e ter velocidade na reposição do que é vendido e planejado. A redução dos lead times também é imprescindível.
 
– Agilidade na reposição das gôndolas – o resultado final não aparecerá se não houver agilidade na operação de reposição das gôndolas; em muitos casos, o produto pode estar na loja e não estar disponível e aos olhos dos consumidores. De nada adianta ter estoque diferente de zero se o item não estiver ao alcance do consumidor.
 
A combinação dessas cinco ações se torna o diferencial competitivo e fortalece as empresas no período de alta demanda e necessidade de reposição rápida e precisa. Não existe receita de bolo, mas planejamento é o primeiro passo rumo a resultados animadores.
 
Camilo Manfredi é gerente de serviços – planning & replenishment na NeoGrid.

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