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Do tradicional ao digital



Autora: Sandra Turchi

 

Desde a mídia mais remota conhecida, a impressa, em torno de 1400, até hoje, com a grande rede, passamos por diferentes momentos na comunicação, com os fonogramas, por volta de 1800, o cinema, em 1910, rádio em 1920, TV em 1950 e a internet, com uso comercial, nos anos 80, e agora com os dispositivos móveis.

 

A cada nova modalidade se dizia que a anterior morreria, lembram-se? Mesmo no período atual, após o surgimento da internet, já passamos por diferentes fases, desde o velho PC, até a Web 4.0, passando pela Web1.0, 2.0 e 3.0. Lembrando que a primeira onda foi com o uso de email, fóruns, a segunda onda veio com o comércio eletrônico e a terceira onda com o surgimento dos wiki, blogs, redes sociais, etc.

 

A palavra chave não é, portanto, revolução, mas sim, evolução. E a cada passo se renova o acesso às informações, os modelos de negócios, os conteúdos, os formatos e, principalmente, a transformação do internauta em mídia, com grande poder de barganha.

 

O maior impacto não foi o surgimento da internet como nova mídia e sim por ter mudado o comportamento do consumidor e tê-lo transformado em ator principal.

 

No Brasil isso tem um toque especial, pois os brasileiros ficam mais de 15% do seu tempo navegando em comunidades, sendo que os americanos, para comparar, gastam em torno de 6,5%. Idem para os sites de mensagens instantâneas.

 

E ao que se deve esse crescimento? Há diversos fatores que explicam isso, como o desejo de pertencimento, a facilidade de acesso, a globalização e a instabilidade nas relações. Com isso as comunidades virtuais surgem como uma fonte de identidade, mesmo que precária.

 

Além disso, a internet é bastante democrática, pois nela navegam desde crianças até as pessoas da terceira idade, dos mais pobres aos mais ricos, ou seja, é um ambiente onde todos entram livremente, sem preconceitos. Não importa sua classe social ou sua raça, esse é o local onde todos podem ser iguais.

 

Há no mundo mais de 1,3 bilhão de usuários; 100 milhões de websites e já foram investidos mais de 20 bilhões em publicidade on line. Há países, como na Inglaterra, em que a publicidade on-line será maior que a off-line em 2009, segundo previsões.  Dentre os perfis dos que navegam, a maior parte é de adultos, em torno de 70% e a média de idade de quem joga games on-line é de 29 anos. Da classe A, 80% navegam e das classes C e D, mais de 35%. A maior parte ainda é do sexo masculino. O Brasil é o maior em navegação domiciliar, sendo que o brasileiro fica aproximadamente 24 horas on-line. Em 2007 foram comercializados mais de 6 bilhões via e-commerce.

 

Isso demanda dos profissionais de marketing maior criatividade e novas ferramentas. São novos desafios, também, para as empresas e para as agências. Será necessário acertar nas estratégias de localização do seu público-alvo, tendo em vista que esse está cada vez mais disperso, devido à quantidade de possibilidades de mídia existentes. O grau de dificuldade aumentou, principalmente se falarmos do público mais jovem, pois os adolescentes normalmente estão conectados em três ou quatro mídias ao mesmo tempo. Essa fragmentação se dá, pois revistas concorrem com sites, os blogs concorrem com jornais, podcasts com rádios, TV com gravadores de vídeos e celular com internet.

 

E quais as principais diferenças entre a mídia digital e a tradicional?

 

– é o melhor canal para atingir as pessoas no horário comercial;

– permite ao consumidor “saber mais sobre o produto/serviço”;

– comprar na hora;

– indicar a um amigo;

– trazer o cliente facilmente para o banco de dados.

 

Além disso, a mídia digital possibilita todo tipo de métrica, bem como a personalização de campanhas. Permite também oferecer outros serviços como os de crédito, por exemplo.

 

Surgem também novas oportunidades profissionais, com novas vagas sendo requisitadas pelo mercado, como: criador de ringtones, gerente de conteúdo, diretor de rede social e por aí vai.

 

Para as empresas, o melhor a fazer é usar esses novos meios para aprender mais sobre o comportamento humano e usar ferramentas colaborativas que façam sentido para se comunicar com seus funcionários, além dos seus clientes.

 

Sandra Turchi é superintendente de marketing da Associação Comercial de São Paulo.

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