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E-commerce para todos

Autor: Ralf Germer
Quando iniciei este artigo, minha ideia era falar somente da inclusão digital nas lojas online. Explicar sobre a importância dos e-commerces oferecerem opções de pagamento no momento da compra para fidelizarem os clientes, bem como trazerem inovações para o negócio em um mercado cada dia mais competitivo. No entanto, acredito que a falta de serviços de pagamentos voltados para os desbancarizados ainda seja o grande desafio do setor.
No Brasil, 60 milhões de adultos não possuem contas em banco, de acordo com um recente estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O número representa quase metade da população economicamente ativa do país. Com esses dados, fica claro o porquê de as empresas precisarem estar atentas aos movimentos globais e as novas demandas desses consumidores, que movimentam cerca de R$ 665 milhões ao ano.
Oferecer flexibilidade na hora do pagamento pode ser um diferencial para os desbancarizados realizarem compras online. Além disso, levando em consideração que os smartphones estão revolucionando a forma como os brasileiros lidam com o comércio eletrônico, as fintechs são obrigadas a disponibilizarem alternativas econômicas, eficientes e abertas para todos os lojistas que queiram realizar vendas e participar da economia.
Apenas para modelo de comparação, em novembro do ano passado estive na China. Se antigamente uma grande parte da população não estava conectada nem participava do comércio eletrônico, hoje praticamente nenhum chinês usa cartão de crédito, débito e até mesmo dinheiro em papel, devido ao uso de dispositivos móveis conectados à internet. E posso explicar o aconteceu: duas grandes empresas desenvolveram soluções com o pagamento em QR Code e implementaram esse sistema no país inteiro, dominando totalmente a economia e todos os meios de pagamentos, proporcionando uma verdadeira inclusão digital.
No Brasil, adianto que o Banco Central está com um projeto de pagamentos instantâneos que também fará uso do QR Code, na intenção de incluir todas as pessoas nos meios de pagamento. Ainda que esteja em fase de desenvolvimento, noto que a intenção da entidade é garantir mais concorrência no mercado e inovação, com regulamentação idealizada para incentivar empresas brasileiras e estrangeiras a investirem na América do Sul.
Na minha opinião, olhando a nível de América Latina, o mercado brasileiro é o mais avançado no comércio eletrônico, com tecnologias líderes em termos de fintechs. Os estrangeiros preferem investir no Brasil não somente pela lucratividade, mas porque a mentalidade dos brasileiros é aberta para novas tecnologias.
Ralf Germer é CEO e co-fundador da PagBrasil.

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E-commerce para todos

A oferta de múltiplos canais de venda veio facilitar o acesso às compras mesmo em famílias de baixa renda. Esta é a opinião do gerente geral de atendimento do Magazine Luiza, Nicolau Camargo, que também vê um auemnto dos uso dos canais digitais no atendimento. O executivo comenta essas transformações, em entrevista exclusiva.
ClienteSA – Quais as principais mudanças que enxerga do mercado nesses últimos 10 anos?
Nicolau Camargo – Dentre as mudanças podemos destacar a multicanalidade: o consumidor, principalmente o de baixa renda, compra mais pela internet do que antigamente, mas não deixa de comprar em loja. Os que compram nos dois canais gastam, em média, até 33% mais do que os clientes que só compram em um. Hoje, o cliente também utiliza, cada vez mais, meios digitais para se comunicar.
Quem era o Magazine Luiza há 10 anos e quem ele é hoje?
Podemos observar grandes evoluções nas três verticais que sustentam nosso negócio: pessoas, processos e sistemas. Investimos no plano de carreira da equipe e trabalhamos o que chamamos de “realidade real”, trazendo os atendentes para o plano dos clientes e as lideranças para o dia a dia da operação. A integração de processos utilizando tecnologia para conectar toda empresa via workflow também é algo em constante evolução. Além disso, sempre discutimos o foco na causa-raiz/melhoria contínua. Percebemos que conseguimos encaixar um modelo que traz agilidade, reduz impactos e é focado nos pontos de demanda dos clientes.”

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