e-Consulting analisa a “era do conhecimento”

A e-Consulting, Boutique digital de conhecimento em criação, desenvolvimento e implementação de estratégias competitivas e serviços, analisa o primeiro dos 13 fatores – identificados pelo seu SRC (Strategy Research Center – Centro de Pesquisas em Estratégia) – que nortearão o desenvolvimento competitivo das empresas nos próximos dez anos.

O fator número 1 versa sobre a chamada “Era do Conhecimento”, ou a evolução da sociedade do ativo tangível (bens, capital, recursos) para a lógica do ativo intangível (marca, P&D, modelo de negócios, fidelidade de clientes, capital intelectual), que ainda carece de uma lógica de mensuração e quantificação de valor amplamente aceita, na opinião da e-Consulting.

Esse primeiro fator dispõe que, mesmo sem matemática capaz de precificar esses ativos, atualmente eles são os grandes formadores de valor e diferenciação das empresas. E o conhecimento (know-how, know-who, know-what, know-where etc) é a base deste novo paradigma.
“Em outras palavras, se produtos e serviços são cada vez menos diferenciais, por serem facilmente imitáveis, então o intangível passa a ser o que faz uma empresa ser mais bem-sucedida do que a outra”, explica Daniel Domeneghetti, diretor de estratégia e conhecimento da e-Consulting, vice-presidente de conhecimento e métricas da Camara-e.net e coordenador do estudo “Os 13 fatores que nortearão o desenvolvimento competitivo das empresas nos próximos 10 anos”.

De acordo com a e-Consulting, a migração de recursos e valor do paradigma agro-industrial para o paradigma do serviço-conhecimento deve atingir, nos próximos dez anos, uma relação em torno de 65%/35% no Brasil.

“Isso significa que, a cada R$ 6,5 advindos da economia do intangível, apenas R$ 3,5 advirão da economia do tangível. Hoje, essa relação está em torno de 20%/80%, ou seja, para cada R$ 2 advindos do intangível, R$ 8 advém do tangível. E isso se refletirá nas sociedades, nos mercados, nas estratégias de governos e empresas, inclusive em seus PIBs e balanços, nas formas como agentes econômicos tomam decisão e até nas escolhas profissionais dos indivíduos e no emprego”, assinala Domeneghetti.

“Teremos um novo modelo de sociedade, construído em cima de um novo modelo de valor. E se conhecimento, ao inverso dos bens tangíveis, não perde valor (só ganha, na verdade) com sua disseminação, então é fundamental se pensar em construir, desde já, processos de geração de valor intangível nas empresas, sob o risco de se perder o bonde do novo jogo contábil que, em algum momento, nos próximos dez a vinte anos, será realidade global”, diz. “É consenso que ainda estamos engatinhando na ´Era do Conhecimento´, mas ela chegou para ficar “, conclui.

Estudo sobre gerenciamento do conhecimento

Para melhor entender o primeiro fator particularmente no Brasil, a e-Consulting realizou o estudo “Gerenciamento do conhecimento: fazer ou fazer”, cuja proposta é apresentar ao mercado corporativo e aos profissionais em geral o que significa o “conceito-estratégia-atividade” Knowledge Management (KM), ou Gestão do Conhecimento.
“O estudo mostra a relevância da gestão do conhecimento no atual contexto macro-econômico, bem como sua inexorabilidade e impacto na competitividade dos agentes econômicos, que buscam sobreviver na nova ordem econômica, balizada pelo equilíbrio de valor entre ativos tangíveis e intangíveis”, afirma Domeneghetti.

“O estudo da e-Consulting aborda as características das empresas deste século, seus trabalhadores e mercados, definindo o que são, como se formam e se comportam as organizações do conhecimento, formadas por knowledge workers e inseridas em sociedades e mercados do conhecimento, na era do conhecimento”, acrescenta.

Pesquisa sobre KM

Segundo pesquisa da e-Consulting sobre gestão do conhecimento, executivos brasileiros líderes das empresas mostraram o que sabem sobre KM: 55,9% entendem que se trata da modelagem de processos corporativos a partir do conhecimento gerado; 18,2 % afirmam ser prática de gestão do conhecimento (sistemas, políticas e cultura corporativas etc); 13,3% filosofia corporativa de gestão de informações; 7,2% tecnologia que permite a gestão do conhecimento; 5,4% estratégia de competição na era do conhecimento”.

“Para que a popularização da gestão do conhecimento ocorra de fato, há uma lacuna que ainda está por ser preenchida, associada à distorção de visão das pessoas quanto ao conceito de KM”, enfatiza Domeneghetti.

“A esmagadora maioria dos entrevistados entende que KM se refere à modelagem de processos ou ao conjunto de políticas e cultura organizacional, ou ainda à tecnologia que permite a gestão do conhecimento. Estariam eles errados? Certamente, não”, analisa.

“Contudo, antes de ser caracterizado por esses pontos, o KM deve ser visto pelas empresas como uma estratégia de competição na era do conhecimento. Afinal, considerando-se os mercados atuais e a acirrada competitividade, os produtos são simples commodities e os serviços certamente atingirão esse status em breve. O perfeito tratamento do capital intelectual traz vantagens competitivas essenciais para garantir a perenidade das empresas”, complementa Domeneghetti.

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