Autor: Marcelo Ponzoni
Especialistas em neurolinguística dizem que as palavras têm somente 7% de influência na interpretação total da comunicação, isso porque conseguem emitir vibrações e nuances no timbre de voz. Imaginem então o que acontece com a comunicação quando ela é muda e isenta de interpretações faciais: os riscos de acontecer uma interpretação equivocada se tornam grandes.
Nos últimos anos, em que as pessoas estão cada vez mais querendo resolver tudo por e-mail, tenho visto inúmeros problemas de total falha na interpretação, o que se acentua quando o assunto está voltado para posicionamento sobre assuntos sérios e cotidianos do trabalho – nestes casos existe uma linha tênue entre o entendimento e a falta dele.
Ao mesmo tempo, percebi que nos casos de agradecimento, elogios e acontecimentos positivos, a interpretação é praticamente 100% entendida, não restando uma só dúvida sobre um segundo entendimento. Quase sempre nesse tipo de e-mail a resposta é imediata, uma espécie de recíproca digital, carinhos cibernéticos.
Sendo assim, quando for enviar um e-mail, pense muitas vezes nas palavras digitadas, pois pior que uma palavra que não retorna após ser pronunciada é uma palavra escrita e registrada para sempre. Às vezes, o bom olho no olho ou uma ligação telefônica podem ser muito mais eficazes e certeiros do que o risco de uma interpretação duvidosa.
Uma boa impressão não se esquece, uma má também não!
Marcelo Ponzoni é proprietário-fundador e diretor executivo da agência Rae, MP. ([email protected])