Assim como 2015, este promete ser um ano difícil para as empresas. Com resquícios ainda da crise, consumidores continuarão cautelosos com os gastos. E parece que até terem novamente confiança vai levar um tempo. Enquanto isso, de nada adianta se desesperar. “O grande desafio das pessoas e empresas é superação. A crise certamente nos obrigará a trabalhar mais”, afirma Marília Cardoso, sócia-fundadora da InformaMídia, acrescentando que as crises são darwinistas e só irão sobreviver os melhores.
Segundo ela, nesse período em que o cliente tende a consumir menos, cabe às marcas procurarem por saídas para continuar tendo melhores resultados. Por exemplo, expandir a distribuição de produtos e serviços a um público maior. Também é importante focar no relacionamento, já que pode fazer a diferença em fases como esta. “Certamente esse será um ano em que aquilo que nos deixar parcialmente satisfeitos, será cortado”, diz. “Empresas e consumidores estão reavaliando suas despesas e cortando tudo o que não for indispensável. Nesse contexto, estar plenamente satisfeito é a única coisa que pode minimizar o risco de perda de clientes.”
E o que é indispensável para as marcas neste momento é justamente o marketing, ao contrário de muitas empresas, que cortam verbas da área como contenção de gastos. Focar nesse quesito é o que poderá colocar o negócio a um patamar muito mais alto que outros. “Precisamos investir ainda mais em marketing em 2016. Temos que pensar na estratégia do funil de vendas: quanto mais leads eu gerar, maiores são as minhas chances de conversão”, ressalta a executiva.
Ela ainda acredita que a grande tendência para este ano será o marketing de conteúdo. Pois o consumidor está aceitando cada vez menos uma relação vertical com as empresas. “Ele quer interagir. Nesse sentido, criar canais de relacionamento direto com ele, será a melhor pedida.” Mídias sociais, blogs e e-books são exemplos de como as marcas podem desenvolver neste segmento. Levando ao público aquilo que ele mais procura no momento: informação.