Efeito Colateral

No universo da ética e da moral, muitas vezes somos confrontados com um dilema intrigante: o “Efeito Colateral“. Seja na esfera da saúde, onde tratamentos benéficos podem apresentar efeitos indesejados, ou no âmbito da contratação de consultores de ética e moral, essa noção de repercussão não intencional nos desafia a considerar as consequências mais amplas das nossas decisões.

Assim como medicamentos que prometem curar uma doença específica, mas inadvertidamente trazem consigo efeitos adversos, também vemos hoje uma onda crescente de indivíduos que adotam o título de “especialistas em ética” sem uma sólida base em filosofia ética e moral. O resultado? Um potencial efeito colateral nas decisões que moldam nossos ambientes de trabalho e sociedade.

Mergulhando na raiz da questão, é imperativo diferenciar os conceitos fundamentais de ética e moral. A ética, como um farol orientador, busca o bem comum com um viés universal, navegando pelas águas da responsabilidade social e do impacto coletivo. Por outro lado, a moral, enraizada na esfera individual, lida com o certo e o errado, com nuances que variam entre pessoas, grupos, comunidade e sociedade.

Nesse contexto, os consultores de ética e moral desempenham um papel crucial, orientando organizações e líderes a tomar decisões conscientes e justas. No entanto, assim como um medicamento inadequadamente prescrito pode causar mais malefícios do que benefícios, a contratação de consultores sem um conhecimento sólido da filosofia ética e moral pode resultar em efeitos colaterais inesperados.

Imagine uma situação em que um consultor de ética e moral, sem aprofundamento filosófico, aconselhe uma empresa a adotar medidas que parecem “eticamente corretas”, mas que, em última análise, desconsideram as implicações mais amplas. Os resultados podem ser desastrosos, afetando a reputação, a confiança dos colaboradores e, até mesmo, o sucesso a longo prazo da organização.

Assim como qualquer paciente busca um diagnóstico confiável de um profissional médico qualificado, devemos igualmente buscar orientação ética de consultores que tenham aprofundado o conhecimento e compreensão da filosofia ética e moral. Afinal, é através da sabedoria da tradição filosófica que podemos compreender plenamente os dilemas éticos e morais que enfrentamos e tomar decisões informadas, evitando os efeitos colaterais prejudiciais.

A analogia entre o “Efeito Colateral” na área da saúde e no campo da ética não deve ser negligenciada. Da mesma forma que um tratamento sem consideração cuidadosa dos riscos potenciais pode resultar em danos colaterais, a contratação de consultores de ética não qualificados pode levar a consequências imprevistas. Portanto, devemos lembrar que, ao buscar aconselhamento ético e moral, é essencial procurar mentes que tenham explorado profundamente as nuances do bem e do mal, do certo e do errado.

Imagine um consultor ou consultora orientar, você e sua equipe, agir de determinada forma para solucionar um dilema ético, quando na verdade é um dilema moral e vice versa. O que mais ocorre nas organizações é não saber diagnosticar se o dilema que está sendo discutido é um dilema ético ou moral. A solução e/ou recomendações de ações não são iguais e nem poderiam.

Que possamos adotar uma abordagem cautelosa, buscando consultores de ética e moral que não apenas ostentem o título, mas que também tenham a expertise sólida e o compromisso genuíno de entender e aplicar os princípios filosóficos que sustentam nossas decisões. Só assim poderemos minimizar os efeitos colaterais indesejados e trilhar um caminho ético e moral verdadeiramente consciente.

Xiko Acis | Provocador
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