Autor: Ricardo Franco
A nova comunicação corporativa das empresas passou a exigir alinhamento entre todos os níveis da empresa, desde a direção geral até os cargos mais operacionais a fim de garantir consistência e credibilidade aos diferentes públicos atingidos. A mensagem também passou a ser integrada para estes diversos públicos: sejam eles internos, terceirizados, parceiros de negócios e clientes. Todos devem ter a mesma percepção da marca e receber as diretrizes e novidades da empresa de forma unificada.
Na era pós web 2.0 toda empresa precisa pensar ainda mais nessa interação, a qualquer momento (anytime), de forma instantânea (real time), disponibilizando a comunicação através de qualquer dispositivo (any device) e com abrangência geográfica sem limites (anywhere).
Muitos consideram que na década de 90 viveu-se a ‘Era do Marketing” como estratégia orientada ao mercado e atendimento ao cliente , com a utilização de sistemas de informação como o “CRM – Customer Relationship Management”. A partir daí, por conta da comunicação globalizada, nasce uma nova era: “informação e conhecimento”, onde a gestão estratégica é definida para criação de valor ao cliente, na integração homem-tecnologia. Nesse contexto, surge a necessidade de novos sistemas, desta vez, com foco em comunicação integrada, algo muito mais amplo, possibilitado pelos diversos canais interativos e ferramentas criadas a cada minuto.
É justamente nesse momento que entramos com uma das peças fundamentais para aplicação dessa integração. O email marketing, hoje tido como essencial na comunicação entre empresas, clientes, prospects, suspects, colaboradores e parceiros, vem se tornando peça chave na interação de linguagem – adequada – entre emissores e receptores.
Pela agilidade, mensurabilidade, interatividade e possibilidade de altas taxas de resposta, o email marketing chega em um dos momentos mais propícios para acompanhar a nova era, mais uma vez, com foco no valor ao cliente. Sem contar, é claro, com a possibilidade de investir menos e ganhar mais retorno de marca em relação a outros meios convencionais como postagem de mala direta pelos correios.
Aliás, diferentemente da mala direta, o canal propicia algo muito maior: o relacionamento digital. Como saber quem abriu sua campanha impressa de mala direta? No meio digital, a capacidade de mensuração é incrível e permite que os envios de email não sejam simplesmente restritos a um meio para divulgar ofertas de vendas de produtos e serviços. Na verdade, se torna eficaz quando se percebe que pode utilizá-lo a seu favor e, principalmente, a favor do público-alvo.
A newsletter é um exemplo de boletim periódico, altamente utilizado pelo mercado editorial e enviado regularmente aos leitores, clientes e visitantes. O objetivo da newsletter, quando também aplicada pelo mercado corporativo como forma de gerar conteúdo ao target que se quer atingir, é manter o nome da empresa vivo na mente do cliente, além de apontar sempre o caminho para o seu site onde informações mais completas, análises detalhadas e conteúdos complementares estarão disponíveis. Mas lembre-se, só é eficaz se trouxer alguma utilidade para os destinatários contendo realmente informações de valor agregado.
No caso do mercado Editorial, os benefícios são mais intrínsecos ainda. Além de utilizar plataformas de envios para automatização desses envios, ele pode interagir com o leitor e, diferentemente do meio impresso, avaliar gostos e preferências, além de obter o feedback sobre o conteúdo e linha editorial. Mas até então, todos sabemos que a notoriedade desse canal vem se tornando diretamente proporcional à sua demanda e hoje já faz parte da realidade de uma boa fatia de mercado. O que há de diferente?
Sempre que algo se torna mais comum, a tecnologia trata de trazer algo diferente. Junto com a era da “Informação e Conhecimento”, vivemos o momento “Inovação”. A arte de se comunicar sempre requer novidades, afinal, o mercado anseia por isso. Como diretor da Take 5, em alinhamento com nossa equipe, decidimos apostar na integração de duas ferramentas que crescem continuamente. Já falamos da ascensão do email marketing e, o que acontece quando se integra ao vídeo online? Inovação.
Buscamos a Virtual Target, plataforma não apenas de envios de emails, mas que permite tudo o que citamos anteriormente – mensuração, segmentação e relacionamento. Sim, o objetivo foi único: integrar dois sistemas que, juntos, podem trazer o que nossa cultura busca em mídias digitais – o valor que ela espera pela personalização da comunicação via email, de acordo com sua prática atual. O número da audiência por vídeos evolui dia a dia. Por que não atender a essa nova ‘demanda’?
Para isso, surge o VídeoMailing. Claro que o vídeo não é anexado ao email, mas sim uma referência ao mesmo através de um link explícito ou implícito em uma figura ou texto. Quando acionado, este link traz o vídeo armazenado em servidores especializados em vídeo streaming, ou seja, com a capacidade de apresentar vídeo em modo contínuo com qualidade e servir diversos usuários simultaneamente, quando necessário.
Nesse cenário, fica a dica ao profissional de mídia digital, comunicação e marketing: assim como qualquer vídeo produzido e usado de forma off line, o vídeo a ser integrado ao email deve ser pensado como peça de comunicação de acordo com a finalidade desejada: informar, criar ou provocar opinião, convidar, capacitar ou divertir. Em qualquer situação, deve obedecer às diretrizes da internet, ou seja, ser breve, direto e levar a alguma ação bem definida. E ainda, nunca ser chato e aborrecer o destinatário. O foco aqui é surpreender e não assustar.
Ricardo Franco é Diretor de Relacionamento e TI da Take 5, empresa especializada em comunicação corporativa. [email protected]