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Embalagem, uma breve reflexão



Meu desenvolvimento como profissional autodidata da área de embalagem aconteceu muito no plano prático, pois sou do tempo em que o conceito era focado no “conter e proteger”. Atualmente, continuo envolvido e responsável pelo assunto da área em que atuo, “Desenvolvimento de Embalagem”. O tempo passou e acumulei uma bagagem razoável para encontrar soluções para problemas diversos.


Hoje, tenho a convicção de que precisamos ir para o campo prático se quisermos buscar soluções adequadas. As oportunidades e alternativas interessantes nem sempre estão ao alcance de nossas mãos. Precisamos sair do escritório e “xeretar” nos pontos-de-venda e fornecedores dos mais diversos. Debruçados sobre o vazio branco do papel ou na frente do computador, certamente vai ficar mais difícil.
Às vezes, uma bela solução passa pela forma de compatibilizar substratos e fornecedores de diferentes segmentos. Por isso é bom acumular experiências de campo, já que isso aumentará o nosso repertório criativo na busca de soluções, onde a relação custo X benefício estará bem dimensionada.


Não podemos ainda esquecer de pensar as questões ambientais, que a cada dia tem apelos mais fortes para evitar a agressão indiscriminada do meio ambiente. Essa deveria ser uma premissa básica para orientar os projetos. Devemos raciocinar considerando a extensão do projeto além do nosso ambiente de trabalho, mantendo uma atitude crítica frente às soluções corriqueiras, dispostos a ações experimentais e inovadoras, nos distanciando da rotina.


Desenvolver embalagem é uma atividade complexa, onde temos que tomar decisões e optar entre alternativas técnicas, estratégicas, conceituais e operacionais. Num mundo onde cada vez mais os produtos estão comoditizados, com diferenças mínimas entre si, o valor e o diferencial estão na marca, seja por meio do projeto ou da expressão visual da embalagem. Sem dúvida, uma metodologia que defina as etapas e aspectos racionais do projeto é fundamental, porém não devemos ficar engessados nas questões teóricas ou de um briefing contaminado pelas fórmulas prontas.


A própria indústria, muitas vezes se encarrega de estabelecer barreiras para alternativas que possam ameaçar a utilização de recursos que não os seus. Isto não significa que tenhamos de abandonar tecnologias e substratos já consagrados, temos sim é que inovar, pesquisar e olhar a nossa volta. Uma certeza podemos ter, a soma de experiências certamente colaborará para queimarmos etapas e sermos mais assertivos em nosso trabalho.


Antonio Raupp é diretor de criação e produção do GAD’ Branding & Design.

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