Afinal de contas, qual o conceito moderno de treinamento ? “Treinar é educar, ensinar, mudar comportamentos, fazer com que as pessoas adquiram novos conhecimentos, novas habilidades e que aprendam a mudar de atitudes”, segundo Siegfied Hoyler, autor do Manual de Relações Industriais.
Face a velocidade do conhecimento, da tecnologia dos produtos e serviços, a competência e novos conhecimentos passaram a ser pilares essenciais para a empresa no seu todo. O grande desafio é saber adequar um modelo próprio de treinamento aos colaboradores, visando a excelência no atendimento, levando o encantamento aos consumidores. O treinamento deve implicar, na verdade, em ensinar a pensar, a criar e aprender. As empresas que investem em treinamento sabem da sua relevância como instrumento poderoso para incremento de negócios e resultados, redundando num diferencial competitivo, necessidade permanente para aperfeiçoamento e reciclagem dos seus colaboradores. Uma equipe de futebol jamais poderia conceber um campeonato de vitórias sem um treinamento exaustivo dos seus jogadores. Numa analogia comparativa, jamais uma empresa obterá resultados expressivos de lucratividade sem a dimensão de treinamento para todos os segmentos da própria empresa.
O treinamento não pode ser encarado por seus gestores como despesas, mas, como investimento empresarial com o objetivo de capacitar sua equipe de colaboradores com a finalidade precípua de fazer com que a mesma atinja o mais econômicamente possível os objetivos da empresa. O treinamento implica em encontrar o caminho para obtenção da excelência dos produtos e serviços. Foi-se o tempo em que qualidade era diferencial da empresa. Hoje, é uma exigência dos consumidores. A grande verdade é que o conhecimento vem do treinamento, da pesquisa, do relacionamento entre pessoas, das experiências vivenciadas, enfim, da procura permanente em agregar novos resultados ao negócio.
O grande equívoco da empresa é definir programas de treinamento para a área comercial. Tais programas haverão de passar por todos os segmentos da empresa : administração empresarial, marketing, vendas, recursos humanos, contabilidade, vigilantes, enfim, a integração e comprometimento de todos para a lucratividade.
O treinamento deve fazer parte da rotina de cada empresa e da sua própria atividade, afirma Professora Mirna. Quem melhor conhece a empresa são os seus colaboradores. Daí, uma constante preocupação em capacitá-los tais pessoas, envolvendo-os numa contínua mudança de comportamentos, conscientizando-as de que a empresa é cada colaborador e que o sucesso ou insucesso deles depende. Não treinar os seus colaboradores é não prestar um atendimento exigido pelo cliente atual. “O treinamento implica numa nova cultura empresarial”, comenta Professor Pfeiffer da Revista Treinamento da Volkswagen do Brasil.
Como reflexão final, a tecnologia deixou os produtos e serviços semelhantes, fazendo o diferencial centrar-se no atendimento. A empresa para estar segura, orientando o consumidor naquilo que necessita e deseja, há de estar voltada para o treinamento constante, tornando-se assim, competitiva, inovando os seus conhecimentos e reciclando os seus colaboradores.
João Gonçalves Filho (Bosco) é administrador de consórcio
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