Empresas em recuperação


O primeiro semestre de 2005 registrou queda no volume de falências e concordatas, em todo o país, revela levantamento da Serasa. De janeiro a junho deste ano, os requerimentos de falência recuaram 28,1% em relação ao mesmo período de 2004. Foram registradas 5.362 falências requeridas no acumulado dos seis primeiros meses de 2005, contra 7.462 no mesmo período de 2004.

As falências decretadas também caíram. Em relação ao primeiro semestre de 2004, o volume de falências decretadas diminuiu 8,4%. De janeiro a junho de 2005, foram 2.142 eventos contra 2.338 no primeiro semestre de 2004.

O volume de concordatas requeridas no primeiro semestre de 2005, 249, apresentou queda de 14,4%, na comparação com o mesmo período de 2004, quando foram requeridas 291 concordatas. No caso das concordatas deferidas, no mesmo período comparativo, foram 174 em 2005 e 226 em 2004, uma queda de 23,0%.

“A decretação da falência de uma empresa decorre do agravamento de problemas de inadimplência que, a médio e longo prazos, se transformam em insolvência. Por essa razão, os efeitos da conjuntura econômica sobre as decretações de falência apresentam certa defasagem”, analisa o diretor da Serasa, Laércio de Oliveira. Para 2004, por exemplo, o tempo médio entre o requerimento da falência de uma empresa e a decretação foi de 332 dias. Em 2005, até junho, essa média foi de 313 dias. “Portanto, a queda do volume de falências e concordatas no primeiro semestre de 2005 é reflexo da recuperação da atividade econômica verificada no ano passado”, afirma o diretor da Serasa.

Segundo Oliveira, os requerimentos de falência, muitas vezes, podem representar uma forma extrema de cobrança. Em momentos de ciclos econômicos mais propensos à realização de negócios (retomadas ou manutenção do crescimento da atividade econômica) é razoável esperar que os credores utilizem menos esse recurso de cobrança. Uma forma de verificar tal comportamento é por meio do indicador de falências requeridas em relação às falências decretadas. Nos primeiros seis meses desse ano, essa proporção foi de 2,5 requerimentos para cada decretação, enquanto que nos primeiros seis meses de 2004, foram 3,2 falências requeridas para cada falência decretada. A queda de 28% nesse indicador confirma a recuperação da economia verificada no ano passado.

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