A pesquisa “Panorama da Mobilidade Corporativa no Brasil – Cenário 2006”, desenvolvida pela Associação Brasileira de e-business, delineou o cenário brasileiro referente à utilização de soluções de mobilidade nas empresas. A análise englobou 93 organizações, sendo 54% pertencentes à indústria. Dentre os resultados mais expressivos, a pesquisa indicou a Tim como principal operadora nos processos de transmissão, sendo utilizada por 35% dos entrevistados no que se refere a dados e 29% a voz.
A Vivo vem acompanhando de perto, com 26% no mercado de dados. Em relação à voz, quem ocupa a segunda posição é a Claro. Em 2005, a Claro era líder nestes dois quesitos. “A TIM concentrou mais esforços no mercado corporativo, contribuindo para o crescimento do share”, analisa Henrique Gasperoni, diretor de projetos e operações da ebusiness Brasil.
Segundo a pesquisa, 64% das empresas já utilizam soluções de mobilidade em seus negócios. Dentre os dispositivos mais usados, destacaram-se o Notebook, celular, PDA e Smartphone respectivamente. “Com a evolução tecnológica do celular e a redução dos custos do smartphone, estes dispositivos surgem como principal tendência para os próximos anos”, explica Gasperoni.
A análise também pôde observar o crescimento expressivo da utilização do push mail (Sistema de correio eletrônico realizado por celular). Em 2005, apenas 19% dos entrevistados utilizavam esta prática, enquanto que em 2006 houve um crescimento de 137%, abrangendo 45% das empresas. “A grande maioria dos celulares oferece este sistema e o tráfego de dados das operadoras está mais barato. Hoje esta prática está sendo mais difundida e já é considerada comum nas corporações”, afirma o diretor.
A mobilidade é aplicada na automação dos vendedores externos em 42% das empresas e outros 40% pretendem iniciar projetos referentes a esta prática. O RFID que era considerado uma promessa, não passou de 3% de adesão. No entanto, faz parte do planejamento de 43% das empresas. Sobre as barreiras para a implantação de soluções de wireless, 19% acreditam que a cultura interna e o comprometimento do público usuário são os principais fatores. Além disso, também foram citadas a falta de integração de processos internos e a falta de cobertura.