Esqueceram dos baby boomers?

Os varejistas dos EUA estão sendo acusados de negligenciar os clientes mais velhos, apesar de os chamados baby boomers, pessoas nascidos antes de 1964, serem geralmente mais ricos e terem uma maior renda disponível. O mesmo parece estar acontecendo no Brasil. Estudo da agência de marketing de fidelização ICLP, do Collinson Group, revela que os varejistas brasileiros estão seguindo os passos dos norte-americanos. Realizada com 756 compradores brasileiros, a pesquisa revela que os ricos baby boomers não se sentem adequadamente cuidados e por isso acabam limitando seus gastos.
Em relação à fidelidade dos clientes às suas marcas favoritas, os baby boomers classificaram-se consistentemente abaixo da geração X, nascidos entre 1964 e 1981, e das pessoas que atingiram a idade adulta no início do século xxi, conhecidas como millennials ou geração Y.  As principais queixas incluem serem esquecidos, não serem reconhecidos, e não serem recompensados por sua lealdade, sentindo-se apenas “como um cliente qualquer”.
Em termos de reconhecimento, apenas 13% dos baby boomers sentiram que seus varejistas preferidos investem tempo para conhecê-los e entender o que desejam. esse número mais que dobrou entre os millennials. Já em relação a confiabilidade e respeito, apenas um em cada cinco baby boomers se sentiu valorizado em comparação a mais de um em cada três millennials. E, enquanto 35% dos millennials acreditam que suas marcas favoritas fazem recomendações relevantes sobre produtos e serviços que lhes interessam, esse número cai para menos da metade, entre os baby boomers: 16%.
Ainda de acordo com a pesquisa, mais de dois terços dos Baby Boomers disseram que aumentariam seus gastos se confiassem mais em seus varejistas favoritos, enquanto 77% dos entrevistados disseram que comprariam mais se seus varejistas entendessem melhor suas necessidades e exigências específicas. A solução para os varejistas é óbvia: investir nos Baby Boomers para obterem um aumento substancial nas vendas.
“São os Baby Boomers que continuam a apoiar suas lojas de prestígio, mas também estão cada vez mais utilizando as novas tecnologias e comprando online – e muitas marcas ainda as ignoram. Os varejistas devem usar suas percepções baseadas em dados para criar uma estratégia significativa de marketing dirigida especificamente aos Baby Boomers; quanto mais emocionalmente conectados eles se sentirem à sua marca preferida, maior a chance deles se tornarem clientes devotados e “evangelistas” da marca”, comenta Danilo Vasconcelos, diretor-geral da ICLP no Brasil.

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