Expectativas do brasileiro para 2015

Dos brasileiros de classe média e alta de Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Brasília, 51% esperam que a inflação de 2015 seja maior do que foi no ano passado, segundo mostra a pesquisa feita pela Hibou, cujo objetivo é entender as expectativas das pessoas do Brasil para este ano que começa. Ao todo, foram 525 entrevistados de classes A e B. “Notamos que apenas 7% dos brasileiros estão otimistas e acham que a inflação vai ficar menor e sob controle. A grande maioria discorda”, explica Marcelo Beccaro, sócio da Hibou e coordenador da pesquisa.
A forma que o brasileiro mais percebe o aumento da inflação é quando: vai até os mercados ou feiras (92%); adquire roupas, sapatos e acessórios (46%); compra bebidas alcoólicas (42%); abastece carro/ moto (37%); compra medicamentos (35%); come fora (27%) e compra material escolar (27%). Com relação à fidelidade das marcas, o brasileiro quando se depara com aumento de preço em um produto que ele sempre compra: 38% procuram o mesmo produto semelhante, mas de outra marca com preço mais acessível; 34% procuram outro estabelecimento para verem se encontram o preço a qual estavam acostumados; 17% comprar mesmo com o preço elevado; 14% substituem o produto e apenas 7% responderam que não compram até que o preço volte ao “normal”. “Aqui vemos que o brasileiro está dividido entre ser fiel a marca ou ao produto com um preço mais acessível, lembrando que a pesquisa foi feita com a classe média alta e classe alta – a 3ª opção é pagar o valor mais caro”, diz Beccaro.
A pesquisa questionou sobre a expectativa de aquisição de alguns bens no próximo ano e observou-se que 42% dos brasileiros não pretendem comprar nenhum dos itens estimulados em 2015, o restante pretende adquirir: 28% carros; 21% TV; 21% moto; 20% apartamento; 15% smartphone e 3% bicicleta. Seguindo o pensamento da compra de um bem mais caro, 44% têm buscado realizar economia para aquisição de bens futuros mesmo que sem uma rotina consolidada e 30% estão economizado todo mês. Ou seja, 74% estão guardando mais dinheiro. Apenas 26% responderam que não.
Sobre o mercado profissional, 87% dos entrevistados responderam que conhecem alguém próximo que está desempregado. “E na busca por recolocação profissional a indicação no meio ainda é a maior força (49%), pois associa o nome do ‘indicador’ e a confiança ao mesmo na aceitação para uma entrevista e nos requisitos básicos do profissional desejado”, completa o executivo. Já 22% vão procurar vagas para 2015 em sites de emprego; 13% distribuirão em empresas no perfil; 8% vão buscar oportunidades nos classificados dos jornais e 8% farão um curso em uma área nova. Além disso, 43% dos brasileiros acreditam que o cenário ficará igual ao de 2014, sem melhoras nem maiores baixas nos números relacionados a empregos no Brasil.
Quanto à contratação, 75% preferem pelo regime de CLT profissional, seguido de 14% dos entrevistados que acreditam que o importante é pagar as contas independente do regime de contratação. Já 10% acreditam que o trabalho informal é a melhor forma e apenas 1% vê na contratação PJ uma boa forma de remuneração. “Ainda falando sobre trabalho questionamos o quanto é relevante para o brasileiro trabalhar com algo que goste e infelizmente a maioria (40%) vê no emprego apenas o meio de pagar as contas sem se preocupar com essa realização”, expõe Beccaro.
Dos entrevistados, 41% já pensaram/pensam em mudar sua área de atuação, o que demonstra claramente que independente do motivo as pessoas estão insatisfeitas com seu momento profissional. Desses, apenas 2% estão no momento de mudança, os demais não mudaram e os principais motivos foram: 38% não acharam uma vaga; 36% notaram que o salário é menor e 27% não sabem para que área migrar.

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