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Fábrica de software, a busca por melhores práticas

Atualmente estamos assistindo empresas desenvolvedoras de software na busca por melhores práticas, não somente para gerar credibilidade comercial, mas, principalmente, porque estas práticas podem trazer um conforto maior na acertividade de prazo, qualidade e por consequência na lucratividade destas empresas. Muitas vezes esta busca foi motivada pelas lições aprendidas destas companhias, que as vezes são dolorosas por um lado mas eficazes por outro.

O CMM (Capability Maturity Model) é talvez a mais consagrada destas práticas. Foi desenvolvido pelo SEI (Software Engineering Institute), fundado em 1984, controlado pela Carnegie-Mellon University e custeado pelo governo Norte-Americano, com a visão de levar a disciplina da engenharia para o desenvolvimento e manutenção de software.

De acordo com o CMM, as empresas desenvolvedoras de software estão classificadas em níveis (veja como está dividido no final do artigo) de maturidade e, eles crescem após a implementação de áreas-chave de processos (KPA – Key Process Areas).

Cada KPA contém metas a serem atingidas e, para alcançar estes objetivos, é necessário atender às práticas-chave das características comuns de cada KPA (compromissos, pré-condições, atividades, medições e verificações).

Na busca pelo crescimento de níveis dentro do conceito do CMM, é importante que a empresa desenvolvedora de software crie suas próprias políticas e procedimentos para atingir as metas de cada KPA, pois desta forma a institucionalização destas políticas serão de mais rápida adesão. Um processo normal para atingir o nível 2 leva em torno de 2 anos.

Por fim, como macro entendimento das práticas chaves de cada KPA, chega-se à conclusão de que o CMM exige que as empresas tenham equipes identificadas e treinadas em suas funções (equipes de gerenciamento, de qualidade, de engenharia …); recursos disponibilizados (pessoais e financeiros); metodologia clara; planos, políticas e comunicações formais; auditorias nos processos estabelecidos e de qualidade nos produtos desenvolvidos; medições cada vez mais apuradas de cada fase e/ou atividade e grande organização documental.

Nesse sentido, vale lembrar que o Brasil tem grandes chances de se posicionar no futuro próximo como um país produtor de software para o mercado mundial, e o CMM será com certeza um acelerador deste processo.

A classificação de níveis está dividida na seguinte forma:

Nível 1 – Inicial ( Sem KPAs );

Nível 2 – Repetível (Gerência de requisitos, Planejamento e Acompanhamento de projetos, Garantia da qualidade, Gerência de configuração de software e de sub-contratação de software);

Nível 3 – Definido (Definição do processo da organização, Programa de treinamento, Gerência de software integrada, Engenharia de produto, Coordenação entre grupos e Revisão por pares);

Nível 4 – Gerenciado (Gerência quantitativa do processo e qualitativa do software);

Nível 5 – Otimizado (Prevenção de defeitos, Gerência de mudança de tecnologia e de mudança de processo).

André Sorpreso, diretor executivo da Complex – consultoria brasileira focada na implementação de soluções SAP e gestão empresarial.

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