Apesar da promoção envolvendo o Big Data, pesquisa revela que a maioria das companhias ainda não se organizaram para implementar uma estratégia do fenômeno. Especialista em soluções e serviços de inteligência analítica, o SAS e a SourceMedia entrevistaram 339 gestores de TI sobre o uso de tecnologias de gerenciamento de dados em suas organizações. Os resultados mostram que poucas empresas tiram vantagens das informações sobre seus produtos, clientes ou de outras fontes de dados.
Apenas 12% das organizações pesquisadas estão atualmente utilizando estratégias de Big Data em suas operações diárias. As barreiras mais comuns para a falta de uso da tecnologia são a necessidade de informação específica e clareza dos benefícios (21% e 15% respectivamente). Já 9% disseram ainda que falta apoio da liderança executiva da empresa e outros 9% entendem que não há qualidade nos dados existentes para a adoção da tecnologia.
“Os 12% das organizações que estão tirando proveito do Big Data desfrutam de uma vantagem competitiva significativa. Estas empresas podem aproveitar completamente o poder dos dados utilizando uma gestão da informação abrangente. Com soluções integradas, ferramentas, metodologias e modelos estatísticos que permitem gerenciar grandes quantidade de dados como um ativo valioso, aprimorando processos operacionais essenciais e a tomada de decisão estratégica com o objetivo de melhorar as vantagens competitivas da empresa”, afirma Todd Wright, gerente de produto global do SAS para a solução SAS DataFlux Data Quality.
Questionados sobre a possibilidade de utilizarem fontes de dados externas em 2014 em iniciativas de Big Data, apenas 14% dos entrevistados disseram que “muito provavelmente”, enquanto 19% tiveram uma postura negativa em todos os aspectos. Os principais obstáculos incluem preocupações em torno da precisão e qualidade dos dados; acesso às informações relevantes; dificuldades na conciliação dos dados; e incertezas por parte da alta gestão das empresas quanto a pontualidade, conformidade e segurança dos dados.
A pesquisa ainda não encontrou um consenso real sobre quem é o responsável pela estratégia de gerenciamento de dados. As respostas variaram desde o gestor de TI ao CEO da empresa. A consequência disso é que a falta de um “dono” potencialmente gerará um desafio adicional na implantação e execução de uma estratégia de dados¹.
A maioria dos entrevistados indicou a análise estatística de dados como uma prioridade para apoiar decisões de negócios, juntamente com o aumento da comunicação interna e acesso à informação. Quando perguntados sobre o que eles esperam dessas soluções, a primeira resposta é a visualização e geração de dashboards com 73%; seguido pela possibilidade de traçar perfis (data profiling) com 53%; e a oferta de software como serviço (SaaS) com 44%.
Informações sobre clientes e produtos são os tipos de dados mais comuns nos banco de dados das organizações. Os registros mais comuns referentes ao cliente são gerados durante a integração da empresa com seu consumidor (66%); dados cadastrais (59%), informações sobre o cidadão (29%) ou dados de pacientes (23%). Já as informações armazenadas sobre os produtos, destacam-se os dados de vendas (62%); registros de compra (61%) e históricos de manutenção, reparos e operações – MRO [Maintenance, repair, and operations] (40%).
“Com Big Data ou sem ele, a gestão de dados irá determinar nos próximos anos quais empresas irão prosperar e quais ficarão para trás”, conclui Wright. Um ótimo exemplo é rede de car center francesa Feu Vert. Com 400 pontos de venda na Europa, a empresa e o SAS trabalharam em conjunto por mais de seis meses para criar um centro de referência de dados único, utilizando o SAS DataFlux Data Management e o SAS DataFlux Master Data Management. Este projeto também estabeleceu um programa de governança de dados para melhorar o valor e qualidade das informações de clientes, ajudou a reduzir os custos de contact center e está assegurando à Fer Vert uma posição de liderança em seu mercado.
A pesquisa foi conduzida pela internet em dezembro de 2012 com profissionais de gestão da informação. Os 339 entrevistados foram selecionados pelo seu envolvimento com as ferramentas de gerenciamento de dados em suas empresas e a margem de erro é de 5,3%.