Família paulistana reduz intenção de compra

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a cair no mês de novembro após duas altas consecutivas, aos 109,1 pontos: 0,9% a menos em relação ao mês de outubro. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice fechou com -12,9%. A pesquisa é realizada mensamente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP). 
De acordo com o levantamento, o maior destaque negativo foi o item Momento para duráveis (-6,6%), aos 82,3 pontos, abaixo do nível considerado satisfatório (100 pontos) e menor nível desde o início da série histórica. Na comparação anual, o resultado foi ainda pior, com recuo de 27,1%. Com essa pontuação, o item completa o sétimo mês consecutivo no patamar de insatisfação, o que reforça o comportamento de compra das famílias paulistanas, em não considerar um bom momento para adquirir produtos como geladeira, fogão, carro etc.
 
O segundo item da pesquisa com maior queda foi o Renda atual, que apontou em novembro uma retração de 1,5% com relação ao mês de outubro. Esse indicador aponta se houve aumento da renda das famílias com base nas comparações mensal e anual. Com relação ao mesmo período de 2013, o quesito chegou a -12,9%. Chegando ao 22º mês consecutivo abaixo do grau de satisfação, o Nível de consumo atual, que aponta se a família consumiu mais ou menos em relação a períodos anteriores, ficou praticamente estável na avaliação mensal, com leve variação negativa de 0,2%, aos 83,1 pontos. Contudo, em relação a novembro de 2013, a queda chegou a 13,6%.
 
Os únicos itens que fecharam o mês com resultados positivos foram Acesso a crédito, com aumento de 1,8%, e Perspectiva profissional, com elevação 1,4% na comparação mensal. Entretanto, na análise anual, ambos tiveram resultados negativos: -10,8% e -17,2%, respectivamente. Na análise por faixa de renda, houve um recuo maior na satisfação das famílias com renda acima de 10 salários mínimos, se comparado com as que recebem menos que esta quantia: -1,7% contra -0,6%. Em novembro, o primeiro grupo ficou com 103,8 pontos, já o segundo, com relação às famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, registrou 110,9 pontos. O aumento do resultado negativo das famílias com renda superior a 10 salários, segundo a Entidade, pode estar relacionado ao resultado das eleições.
 
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a chegada do 13º salário não será suficiente para subir o nível de satisfação das famílias. Ainda que com algumas variações positivas com relação ao mês de outubro, na comparação anual todos os itens apresentaram resultados negativos, projeta, assim, um cenário pessimista às vésperas do Natal. Ainda segundo análise da Federação, as más condições econômicas, aliadas ao aumento dos preços de alimentos e bebidas e aos juros altos, continuam a deteriorar o orçamento doméstico.  
 
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde agosto de 2009, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego atual; Perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório e acima de cem pontos é denotado como satisfatório.

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Família paulistana reduz intenção de compra

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a cair no mês de novembro após duas altas consecutivas, aos 109,1 pontos: 0,9% a menos em relação ao mês de outubro. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice fechou com -12,9%. A pesquisa é realizada mensamente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP). 
De acordo com o levantamento, o maior destaque negativo foi o item Momento para duráveis (-6,6%), aos 82,3 pontos, abaixo do nível considerado satisfatório (100 pontos) e menor nível desde o início da série histórica. Na comparação anual, o resultado foi ainda pior, com recuo de 27,1%. Com essa pontuação, o item completa o sétimo mês consecutivo no patamar de insatisfação, o que reforça o comportamento de compra das famílias paulistanas, em não considerar um bom momento para adquirir produtos como geladeira, fogão, carro etc.
 
O segundo item da pesquisa com maior queda foi o Renda atual, que apontou em novembro uma retração de 1,5% com relação ao mês de outubro. Esse indicador aponta se houve aumento da renda das famílias com base nas comparações mensal e anual. Com relação ao mesmo período de 2013, o quesito chegou a -12,9%. Chegando ao 22º mês consecutivo abaixo do grau de satisfação, o Nível de consumo atual, que aponta se a família consumiu mais ou menos em relação a períodos anteriores, ficou praticamente estável na avaliação mensal, com leve variação negativa de 0,2%, aos 83,1 pontos. Contudo, em relação a novembro de 2013, a queda chegou a 13,6%.
 
Os únicos itens que fecharam o mês com resultados positivos foram Acesso a crédito, com aumento de 1,8%, e Perspectiva profissional, com elevação 1,4% na comparação mensal. Entretanto, na análise anual, ambos tiveram resultados negativos: -10,8% e -17,2%, respectivamente. Na análise por faixa de renda, houve um recuo maior na satisfação das famílias com renda acima de 10 salários mínimos, se comparado com as que recebem menos que esta quantia: -1,7% contra -0,6%. Em novembro, o primeiro grupo ficou com 103,8 pontos, já o segundo, com relação às famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, registrou 110,9 pontos. O aumento do resultado negativo das famílias com renda superior a 10 salários, segundo a Entidade, pode estar relacionado ao resultado das eleições.
 
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a chegada do 13º salário não será suficiente para subir o nível de satisfação das famílias. Ainda que com algumas variações positivas com relação ao mês de outubro, na comparação anual todos os itens apresentaram resultados negativos, projeta, assim, um cenário pessimista às vésperas do Natal. Ainda segundo análise da Federação, as más condições econômicas, aliadas ao aumento dos preços de alimentos e bebidas e aos juros altos, continuam a deteriorar o orçamento doméstico.  
 
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde agosto de 2009, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego atual; Perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório e acima de cem pontos é denotado como satisfatório.

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