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Faturamento da MPEs não se recupera


Em janeiro deste ano, o faturamento real das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas ficou praticamente estável – variação positiva de 0,3% – na comparação com janeiro do ano passado. Os dados fazem parte da pesquisa Indicadores Sebrae-SP, elaborada pelo Sebrae-SP com a colaboração da Fundação Seade, a partir do monitoramento de uma amostra de 2,7 mil empresas de micro e pequeno porte do Estado.

Entre os setores de atividade, apenas as micro e pequenas empresas do comércio tiveram uma alta mais expressiva, com acréscimo de 4,4% na receita real em janeiro/07 sobre janeiro/06. O bom desempenho do setor foi influenciado pelas liquidações de janeiro, utilizadas para compensar as vendas de final de ano, que ficaram abaixo das expectativas dos empresários, e pelas vendas de 2006, realizadas por meio de crediário, de forma que parte da receita do comércio foi recebida em janeiro. A maior oferta de crédito na economia vem contribuindo para uma participação mais expressiva das vendas a prazo na receita das empresas.

No mesmo período de comparação, a indústria ficou totalmente estável, pelos dados coletados na pesquisa. Já o setor de serviços, apresentou queda de 7% no faturamento real. “Essa queda foi puxada pela retração do faturamento dos serviços prestados às empresas e pode ser tomada como indício de que as empresas estão contendo seus gastos na contratação de terceiros”, afirma o economista Pedro João Gonçalves, do Observatório das Micro e Pequenas Empresas do Sebrae-SP.

Expectativa – Segundo os Indicadores Sebrae-SP, os empresários estão menos otimistas, quanto à evolução do faturamento das micro e pequenas empresas e ao desempenho da economia brasileira. Em fevereiro de 2007, a maioria dos empresários (56%) acreditava que o faturamento de sua empresa ficará estável nos próximos seis meses, ante 54% em janeiro/07 e 46%, há um ano. É o maior nível já verificado pela pesquisa nesse índice. Também diminuiu a proporção dos que acreditam que a receita da empresa irá aumentar nos próximos seis meses. Eram 25% em fevereiro deste ano ante 32% em janeiro de 2007 e 34% fevereiro do ano passado.

Para o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, apesar do início de ano fraco, o cenário é de uma recuperação modesta, mas paulatina para as MPEs. “A inflação sob controle e a conseqüente melhora dos rendimentos dos trabalhadores e a tendência de queda das taxas de juros, ainda que com reduções mais suaves em 2007, devem contribuir para alguma melhora na situação das MPEs. Adicionalmente, a recuperação dos preços agrícolas pode favorecer as MPEs, principalmente as do interior”, explica.

Segundo Tortorella “nesse quadro, de um crescimento apenas modesto para as pequenas empresas, a regulamentação da Lei Geral das MPEs, aprovada no final de 2006, poderá contribuir para um melhor desempenho dos pequenos negócios, uma vez que existirá um melhora efetiva do ambiente para a realização de negócios no Brasil”.

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