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Faturamento de pequenas empresas recua



Em dezembro de 2008, o faturamento médio real das micro e pequenas empresas (MPE) paulistas ficou -10,6% na comparação com o mesmo mês em 2007, segundo pesquisa do Sebrae/SP. No balanço geral de 2008, os pequenos negócios paulistas apresentaram recuo de faturamento na ordem de 4,4%, na comparação com o mesmo período de 2007. A receita total em 2008 ficou em R$ 266,4 bilhões.

 

Todos os setores apresentaram desempenho negativo na receita real na comparação de 12 meses (dezembro de 2008 x dezembro de 2007): -13,6% no comércio, -10,3% na indústria e – 3,5% em serviços. A receita total das 1,3 milhão de MPE paulistas, em dezembro de 2008, foi de R$ 22,4 bilhões, o que significa uma redução de R$ 2,6 bilhões em relação a dezembro de 2007. Na comparação mês a mês (dezembro de 2008 contra novembro de 2008), o movimento foi contrário: alta de faturamento real de 1,9%, puxado por serviços (+4,2%) e comércio (+3,1%). A indústria ainda registrou queda (-4,7%). Em comparação a novembro de 2008, o aumento na receita total foi de R$ 400 milhões.

 

“A queda no faturamento médio das MPE foi particularmente forte no último trimestre de 2008 e esteve associada aos efeitos da crise internacional. A retração do crédito na economia e a atitude defensiva de consumidores, que reduziram as compras a prazo e novos financiamentos, respondem pela maior parte da queda registrada no ano. Outro fator que pesou foi a aceleração da inflação”, analisa Marco Aurélio Bedê, gerente do Observatório das Micro e Pequenas Empresas do Sebrae/SP.

 

Expectativas – Os donos de pequenos negócios estão mais cautelosos. De acordo com pesquisa de opinião, realizada durante o mês de janeiro deste ano, 44% declararam que acreditam na melhora do faturamento nos próximos seis meses, índice semelhante ao verificado em janeiro de 2008 (43%), mas bem abaixo dos 58% registrados em dezembro. Já 47% apostam na manutenção da receita, contra 36% registrado em dezembro de 2008.

 

Em relação à economia brasileira, a cautela também está presente entre a maioria do empresariado: 42% acreditam na melhora da macroeconomia (mesmo índice de janeiro de 2008) contra 57% de dezembro de 2008. A pesquisa aponta ainda que 48% dos empresários apostam na estabilidade no nível de atividade da economia no Brasil, contra 38% do mês anterior. Parte dessa inversão de expectativas pode ser creditada ao clima de incerteza provocado pela crise financeira, aliado ao tradicional movimento mais fraco da economia no primeiro semestre.

 

“Para 2009, a expectativa é de crescimento moderado para as MPE, porque não teremos o mesmo impacto da retração inicial da crise, além de colher os efeitos positivos das medidas já adotadas pelos governos, como a redução de impostos, ampliação dos prazos de pagamento de tributos, ampliação dos recursos para empréstimos e a redução da taxa básica de juros da economia. Essas medidas podem e devem ser intensificadas para incrementar o consumo”, prevê Ricardo Tortorella, superintendente do Sebrae/SP.

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