Faturamento do varejo cresce em fevereiro


O faturamento real do varejo na região metropolitana de São Paulo encerrou fevereiro com alta de 5,3% em relação ao mesmo período de 2005, acumulando no bimestre crescimento de 5,4%. Já no contraponto a janeiro, o resultado foi de queda da ordem de 6,6%. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).

Segundo a entidade, a variação apurada no confronto entre fevereiro de 2006 e igual mês de 2005 foi puxada pelo aumento nas vendas reais dos segmentos de Lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados (17,6%); Supermercados e Hipermercados (14,4%) e Farmácias e Perfumarias (5,7%). Os demais ramos pesquisados pela Fecomercio fecharam o mesmo período com queda no faturamento: Lojas de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos (9,8%); Lojas de Móveis e Decorações (9,0%); Concessionárias de Veículos (7,9%); Lojas de Departamentos (7,1%); Lojas de Materiais de Construção (1,0%); e Lojas de Autopeças e Acessórios (0,4%).

A PCCV da Fecomercio revela ainda que os seguintes grupos faturaram mais no comparativo entre o primeiro bimestre deste ano e o mesmo período de 2005: Supermercados e Hipermercados (18%); Lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados (17,1%); e Farmácias e Perfumarias (6,4%). Os que apuraram retração foram: Lojas de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos (13,5%); Lojas de Móveis e Decorações (8,8%); Lojas de Departamentos (8,5%); Concessionárias de Veículos (7,5%); Lojas de Materiais de Construção (2,1%); e Lojas de Autopeças e Acessórios (0,1%).

“Ao contrário do ocorrido em 2005, as vendas este ano se concentram nos segmentos de não duráveis e semiduráveis. Lojas de eletrodomésticos e concessionárias de veículos, por exemplo, passam a mostrar reduções significativas de desempenho, sinalizando o possível fim do ciclo de forte expansão iniciado em 2004, apesar da continuidade da oferta crescente de crédito. Já os supermercados, depois de um período prolongado de baixo movimento, voltaram a registrar índices expressivos de expansão, beneficiados pela recuperação, ainda que modesta, da renda e do emprego”, afirma o presidente da entidade, Abram Szajman.

Segundo análise da Fecomercio, a conjunção de crédito farto e taxas de juros com tendência de queda, ao lado de uma leve recuperação da massa de salário, explica os bons índices apurados neste início de ano, o que pode ser decisivo para o resultado final de 2006. A entidade, no entanto, pondera que este ano será, certamente, mais imprevisível do que períodos anteriores em conseqüência do clima eleitoral e sujeito a mais turbulências na área política, o que dificulta qualquer tentativa de antecipar com alguma segurança os desempenhos das atividades. No entanto, radicalizações na política econômica são improváveis. Tal premissa é fundamental para que o varejo prossiga em crescimento.

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