Identificar em detalhes os processos necessários para a execução das principais atividades na empresa, abrangendo desde a manufatura de um produto até o atendimento ao cliente, é essencial para a gestão de processos. A partir deste levantamento será possível desenhar um mapa com todos os processos da organização, permitindo ao gestor identificar e corrigir problemas, assim como descobrir oportunidades de aumentar a eficiência da organização como um todo.
Apresentar as possibilidade do uso de ferramentas de Tecnologia de Informação para a realização desse mapeamento e redesenho de processos, assim como destacar suas vantagens e desvantagens, foi o tema do 5º FBP (Fórum Brasileiro de Gestão de Processos), realizado no IADI (Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual), em São Paulo.
“O grande benefício desses softwares é redesenhar os processos automaticamente, reduzindo o tempo e a mão-de-obra necessária para executar uma tarefa tão complexa”, ressalta Alexandre Magno Vasquez, sócio-diretor da Expertise e um dos palestrantes do fórum. “Por outro lado, a desvantagem desses mesmos softwares é de seguirem um método próprio, que nem sempre pode estar de acordo com as necessidades da organização. Portanto, sua escolha depende da cultura e visão da empresa sobre os seus processos”, complementa.
Por esse motivo, segundo Luis Alberto Piemonte, presidente da IDS-Sheer, é necessário estabelecer uma metodologia própria para o redesenho dos processos, em que um dos pontos críticos é a preparação. “Além de ter amplo respaldo da diretoria, o mapeamento e redesenho tem de ter objetivos é formas de medição bem definidos, de modo a se avaliar o impacto de cada atividade na cadeia de valor da organização”, considera.
Já Silvia Matsuora, da IBM, demonstrou exemplos de como as ferramentas de tecnologia são capazes de auxiliar os executivos na definição e mapeamento das atividades. Criado em agosto de 2003, o FBP tem o objetivo de reunir empresários e executivos interessados em trocar experiências e conhecer mais sobre o que vem sendo realizado no País na área de gestão de processos. Nova tendência em administração, a metodologia procura integrar as atividades de diversas áreas da empresa (vendas, financeiro, logística, marketing etc.) em torno de atividades específicas. Por exemplo, criar uma equipe de atendimento especial de acordo com a característica de cada tipo de cliente, envolvendo profissionais de vendas, logística, marketing e finanças, dedicada a aprimorar o atendimento nesses aspectos. No Brasil, Johnson & Johnson, Daimler-Chrysler, Unilever, Telefonica e Embratel são algumas das empresas que já adotaram a metodologia.