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Fecomercio SP divulga resultados do IIC

Já começa a chegar ao consumidor a expectativa de que o momento atual sinaliza um ponto de inflexão na trajetória da economia brasileira. Na Grande São Paulo, a maioria das 900 pessoas ouvidas para a captação do Índice de Intenção do Consumidor (IIC), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio SP), está otimista, principalmente no que se refere ao momento atual da conjuntura nacional. Com isso, houve aumento na intenção de compra dos consumidores em comparação com o mês passado.

O IIC de agosto ficou em 104,46 pontos, uma alta de 0,05% em relação a julho e de 14,15% ante agosto de 2002. Apesar do pequeno crescimento, o resultado se destaca por ter sido puxado pelo aumento do otimismo quanto ao cenário atual, com alta de 1,67% na comparação com julho e de 1,80% com agosto de 2002. Já a perspectiva para longo prazo registrou uma leve queda, de 0,66%, mas mantém forte alta na comparação com o ano passado, de 20,74%.

Isso ocorre porque o brasileiro, em geral, é um otimista por excelência, conforme destaca a assessoria econômica da Fecomercio SP. Por causa disso as intenções futuras, que tendem a ser mais voláteis e menos realistas que as atuais, têm sustentado o IIC em alta nos últimos meses. Na composição do cálculo do IIC, as intenções atuais refletem o humor dos consumidores no mês corrente e correspondem a 40% do total. Já a expectativa futura representa 60% do cálculo índice e revela o humor dos consumidores para os próximos 12 meses. Esse aumento do otimismo atual se refletiu em alta de mais de dois pontos porcentuais na intenção de compra dos consumidores. Enquanto em julho 54,44% dos entrevistados pela pesquisa disseram não ter interesse em comprar bem algum, neste mês o percentual de pessoas sem perspectiva de consumo de itens duráveis caiu para 52,22%.

Contudo, apesar das expectativas positivas do consumidor, a Fecomercio SP considera que para o otimismo perdurar será necessária a recuperação da economia de fato. Isso porque somente a sinalização desse processo será inconsistente ao longo do tempo. Assim, a Fecomercio SP defende que na reunião desta semana o Comitê de Política Monetária (Copom) tenha espaço suficiente para reduzir em até três pontos a taxa básica de juros, Selic. “Isso permitiria a recuperação do consumo, ainda que o efeito dessa medida para o comércio só seja sentido a longo prazo”, afirma o presidente da Fecomercio SP, Abram Szajman.

Outro ponto relevante apurado no IIC foi a manutenção em patamar elevado por mais um mês do item que aponta aprovação do governo. O cenário político é favorável para 22,3% dos entrevistados, um patamar elevado no entender da assessoria econômica da Fecomercio SP, que reflete uma apreciação confortável do governo. Um fator que interferiu pouco no resultado de agosto foi a posição dos
entrevistados em relação ao ambiente internacional. Segundo os economistas da Federação, como não há um evento de destaque no cenário externo, esse ponto tende a ser pouco considerado pelos entrevistados. Justamente por isso, os consumidores acabam por se lembrar mais dos problemas internos e dão mais importância a questões mais próximas de sua realidade, como o desemprego, a inflação e o cenário político.

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