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Fecomércio-SP prevê 2003 pior do que ano passado

A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), acredita que o desempenho do setor na grande São Paulo feche dezembro acumulando queda no faturamento em torno de 1% na comparação com 2002. Será quase um empate em relação ao ano passado. Em 2003, contudo, o comércio não conseguiu superar as vendas fracas de bens duráveis, e menos ainda absorver o mal desempenho de segmentos como vestuário, que não chegou sequer a repassar os aumentos de custos dos últimos anos.

Esse resultado refletiu claramente o cenário atravessado pelo consumidor brasileiro diante do mercado de trabalho em 2003: alguns sem perspectiva de recolocação, outros com medo de perder o emprego e sob a pressão da redução do poder aquisitivo. O desemprego, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) bateu recorde de 12,9% em outubro e ainda se mantém em níveis muito elevados, o que impossibilita o cidadão de planejar qualquer tipo de aumento de gasto a longo prazo. Além disso, houve um aperto forte do crédito e aumento do custo de vida, o que deixou as pessoas ainda mais distantes de seus sonhos de consumo, diz o Presidente da Fecomércio-SP, Abram Szajman.

Mas este quadro já mostra sinais de mudança, o que leva a Fecomércio-SP a acreditar que 2004 será um ano melhor para o setor e para toda a economia brasileira. Com isso, a expectativa inicial é de que no próximo ano o comércio registre crescimento de 3%. Apesar de um primeiro semestre bastante ruim em 2003, com juros elevados que comprometeram todo o período, os mercados mostram um pouco mais de otimismo no fim do ano. Isso nos permite prever um cenário menos pessimista para 2004″, completa Szajman.

Ainda assim, na estimativa da Fecomércio-SP, os resultados deste Natal não devem ser muito melhores do que os de 2002 e certamente não serão suficientes para recuperar o fraco desempenho das vendas ao longo do ano. Há porém o cenário positivo da tendência de expansão de crédito, de perspectiva de melhora da renda (com recuperação nominal de salários) e, enfim, de aquecimento de toda a atividade econômica.

Justamente por conta dessa recuperação do crédito é possível que o Natal aponte para uma melhora nas vendas de duráveis e semiduráveis. E há expectativa de que este quadro se consolide gradualmente em 2004. Esses segmentos são os que mais dependem de um volume de crédito elevado para crescer. Eles requerem expectativa positiva de longo prazo do consumidor, que vai se endividar hoje e pagar durante vários meses. E a prestação terá que caber no bolso das pessoas, reforça Szajman.

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