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Fidelidade à prova



O crescimento e desenvolvimento de uma empresa devem-se, em grande parte, ao apoio que recebe dos clientes fiéis. Porém como é possível medir isso? Para José Roberto Labinas, diretor da área Ipsos Loyalty, é necessário observar dois aspectos: atitude e comportamento. “A lealdade declarada pelos clientes, que dizem que irão recomendar e usar determinado produto, é uma atitude que indica se a relação entre consumidor e empresa é positiva: quando o cliente utiliza e recomenda o produto, essa atitude é uma declaração de lealdade. Entretanto, essa atitude não garante que ele vai realmente fazer isso. É importante verificar se o comportamento do cliente com a empresa tem uma tendência positiva, isto é, se suas transações comerciais com ela estão aumentando, e se ele está concentrando mais e mais seus negócios com esta empresa”, explica.

 

Medindo a lealdade atitudinal e a comportamental dos clientes, as empresas podem começar a segmentá-los em quatro grupos (alta e baixa atitude x alto e baixo comportamento). Nesse ponto é introduzida uma terceira variável fundamental para diferenciar os clientes: o seu valor, que traduz sua rentabilidade para a empresa. Com estas informações, as empresas podem desenvolver diferentes estratégias de marketing para cada segmento de clientes.

 

Com base na avaliação integrada de lealdade e valor, pode-se identificar os consumidores que são leais e lucrativos (eles representam, em geral, cerca de 20% da base de clientes de uma empresa). Aqueles que não são leais ou lucrativos podem estar fazendo com que a empresa desperdice recursos e talvez seja necessário cortar investimentos em campanhas direcionadas a esse público, de acordo com Labinas. “Muitos defendem que os clientes desleais devem ser transformados em leais, mas nem sempre isto é possível”, completa. Claro que clientes com potencial e de alto valor devem ser estimulados a permanecer com a empresa; mas boa parte deles, mesmo quando fidelizados, não trazem lucro. O motivo? São clientes obcecados por redução de preços e promoções.

 

Além de manter clientes, é essencial atrair e captar novos clientes. Porém, Labinas advete que muitas empresas continuam seguindo estratégias erradas, pois acreditam que quanto mais clientes, melhor. “Elas não realizam uma filtragem na hora da captação e não conhecem seu público-alvo”, comenta. Por exemplo: a redução de preço atrai muitos consumidores, mas muitos vêm somente por causa do desconto e depois de um tempo, abandonam a marca.

 

As empresas devem ter uma visão em longo prazo sobre as características do cliente, entendendo o comportamento de consumo como um ciclo de vida. “Erroneamente, algumas companhias têm duas equipes distintas: uma responsável por desenvolver os melhores modos de captação de clientes e outra buscando os meios mais eficazes para mantê-los. Mas isso não contribui para que a empresa entenda os hábitos e preferências de seus consumidores. Uma empresa deveria monitorar o ciclo completo de consumo de um cliente”, conclui.

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Fidelidade à prova



A Pro Teste pesquisou a confiabilidade dos automóveis com 3.027 consumidores e 62% revelaram não ser fiel à uma determinada marca ou montadora de veículos: seus automóveis atuais não são da mesma marca que os anteriores. As marcas japonesas Honda e Toyota foram as que deram menos problemas de manutenção aos clientes, sendo consideradas as mais confiáveis.


A japonesa Honda teve 89,5% de confiabilidade e a Toyota, 89,4%, com os modelos Honda Civic apresentando 95,0% e o Toyota Corolla 94,2%, e o Honda Fit com 92,8%. Entre os modelos fabricados a partir de 2002, o Ford Scort, com 48,8%, foi o último colocado no índice de confiabilidade entre os associados da Pro Teste que participaram do levantamento.


A Pro Teste questionou quais reparos precisaram ser feitos nos carros nos doze meses anteriores ao recebimento do questionário e pontuou esses reparos de acordo com gravidade de cada resposta. Os problemas que põem em risco a vida do consumidor (como nos freios) ou que impedem o carro de andar (como no motor) tiveram o maior peso na construção do índice de confiabilidade dos veículos. Quanto mais próximo de 100, mais confiável é o veículo e menor a probabilidade de o consumidor ter que levar o carro para a oficina.


A conclusão do estudo foi que ter um carro mais caro não significa, necessariamente, se aborrecer menos com as idas às oficinas. Por exemplo, o Ford Fiesta apresentou menos problemas que o Ford EcoSport e ainda é mais barato que o companheiro de montadora. O mesmo acontece com os modelos da Volkswagen Fox e Polo.

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