O fluxo de clientes nos shoppings brasileiros registrou queda de 2,5% em agosto em relação ao mesmo período do ano anterior. Em números absolutos, isso significa que os 505 shoppings brasileiros deixaram de atrair 5,5 milhões de visitas no último mês. Esse resultado é parte do Iflux, indicador específico do mercado de shopping, desenvolvido pelo Ibope Inteligência e pela Mais Fluxo, que revela o grau de aquecimento ou movimentação do setor.
O perfil de shopping que vem enfrentando mais dificuldades com a perda de fluxo são os shoppings secundários (isto é, shoppings sem posicionamento ou diferencial competitivo no mercado onde atuam) e aqueles que atendem um perfil de consumidor menos qualificado, concentrados nas classes B2C1. Por outro lado, os shoppings que continuam se mostrando mais resistentes são aqueles classificados como “dominantes em seus mercados”. De acordo com a classificação do Ibope Inteligência para os shoppings brasileiros, são dominantes os shoppings que têm mais de 45 mil m2 de ABL (Área Bruta Locável), mais de quatro anos de operação, atuam em mercados onde há concorrência e apresentam diferencial competitivo claro em relação aos demais shoppings do mercado.
“A resiliência destes shoppings aos efeitos da atual crise econômica mostra claramente a importância de desenvolver estratégias de posicionamento de mercado efetivas, baseadas em informação qualificada e diagnósticos precisos”, diz a diretora da unidade de shopping, varejo e imobiliário do Ibope Inteligência, Márcia Sola.