Após um período de atuação em projetos pilotos no País, o ECR (Efficient Consumer Response) se prepara para difundir suas metodologias em nosso mercado, inclusive entre as pequenas e médias empresas.
“Realmente, as técnicas de ECR funcionam no Brasil, e a nossa intenção é levá-las à massa dos supermercados. Não é modismo, é estratégia que veio para ficar e deve focar a eficiência”, disse Orivaldo Gallasso, presidente da Associação ECR Brasil, Setor Indústria, na abertura do Seminário Panorama do Gerenciamento por Categorias no Brasil. O evento foi realizado nesta quarta-feira (5/12) na Apas (Associação Paulista de Supermercados), em São Paulo.
A Associação ECR Brasil vem atuando desde 1997. Neste semestre, o grupo de Estruturação, ligado ao Comitê de Gerenciamento por Categorias da Associação, fez um estudo sobre os diferentes níveis de amadurecimento do Gerenciamento por Categorias (GC) nas indústrias e entre varejistas. Este diagnóstico foi apresentado no Seminário, junto com cases de empresas como Souza Cruz, Colgate/Palmolive e Unilever, realizados em parceria com o varejo.
Define-se o conceito de ECR da seguinte maneira: “É o processo contínuo, realizado entre o fornecedor (indústria) e o distribuidor (varejo), de gerenciar Categorias de Produtos como unidades estratégicas de negócio, objetivando potencializar os resultados entregando maior valor ao consumidor”.
As primeiras idéias de ECR surgiram há 10 anos no Primeiro Mundo. Segundo Orivaldo, o foco do ECR é eficiência no abastecimento e no gerenciamento da demanda, dois aspectos que devem funcionar em conjunto. “O Gerenciamento de Categoria lida com consumidor e demanda e evoluiu de forma fenomenal. Hoje, ele (o GC) não é só para grandes empresas mas para todo mundo”, explica, informando que o GC mudou a visão do consumidor tanto para o fornecedor como para o supermercadista.
O presidente da ECR Brasil observa que ainda há muito por fazer em nosso País. Um passo nesse sentido é levar o GC aos supermercados médios e pequenos, bem como às empresas menores, já que entre as grandes empresas o GC é um processo muito sofisticado e geralmente caro.
Com o propósito de implantar essas estratégias em benefício do consumidor, a Associação elaborou uma série de projetos para 2002. Como, por exemplo, entregar para o pequeno e médio varejos uma cartilha e CD Rom orientando a aplicação do Gerenciamento por Categoria ao seu negócio.