Um dos maiores desafios do e-commerce é conseguir cumprir toda a logística para que as compras do consumidor cheguem dentro do prazo estipulado. Basicamente, o processo é dividido em duas etapas: a interna, que é a parte de controle dos produtos, e a externa, que é a distribuição. A primeira etapa é mais fácil para a gestão, já que depende muito mais da empresa. Mas a segunda depende de vários fatores que fogem do controle do e-commerce, como por exemplo, as condições da estrada no trajeto, causando problemas e atrasos na entrega. E por mais que o cliente tenha uma boa experiência de compra durante o pedido e pagamento, qualquer alteração no prazo determinado para entrega pode afetar a relação entre o cliente e o site. Esse cenário levou o MercadoLivre a lançar, em janeiro de 2013, o serviço MercadoEnvios, na tentativa de facilitar esse processo de entrega aos vendedores do site.
A solução provê a gestão de envios das mercadorias compradas no site, que é uma parceria com os Correios. Com ela, o vendedor pode oferecer ao cliente o cálculo do frete e rastramento de pedido. “A adesão ao MercadoEnvios é opcional e gratuita aos vendedores do nosso marketplace. O sistema gera automaticamente uma etiqueta com todos os dados para o envio, e o vendedor deverá anexá-la à encomenda e simplesmente levá-la a uma agência dos Correios”, explica Leandro Soares, diretor de marketplace do MercadoLivre.
Para o diretor, o processo de logística no e-commerce, em geral, deve melhorar as duas etapas, tanto externa, quanto interna. Na interna deve ser ter uma gestão mais rigorosa de produtos, identificação dos pedidos, seleção, manuseio, emissão de nota e embalagem. Já na externa, o problema é bem maior, já que depende de investimento em infraestrutura para que melhore. “O Brasil precisa investir mais em infraestrutura rodoviária e de aeroportos, e também em segurança para que as encomendas possam chegar ao destino final de forma cada vez mais ágil. E o setor de e-commerce tem que continuar a investir, também, em tecnologia (gestão de logística com sistemas integrados) e rastreabilidade”, comenta Soares, e acrescenta que é preciso investir constantemente em infraestrutura e tecnologia, principalmente para suportar o crescimento do setor, que é uma realidade.