Os controles de uma empresa devem estar direcionados para identificação do conhecimento do ambiente econômico do mercado e das possíveis ameaças de sobrevivência desta, a cada momento. A empresa moderna há de ter amplo diagnóstico de si mesma, uma visão de futuro. Não importando a natureza da empresa, uma gestão para ser efetiva, eficiente, competitiva e segura dependerá da eficácia dos seus controles internos.
Como conseqüência lógica desta filosofia empresarial, tais controles, numa linguagem técnica, são definidos, pelo conhecido “pontos de controles”, os quais deverão ser monitorados, dentro de uma abrangência ampla. Tais controles, enfim, visam posicionar a própria empresa nas ameaças do mercado decorrente da postura da concorrência, novas oportunidades de crescimento ou expansão de negócios e conjuntura política, na qual atua a empresa, gerando novas estratégias de crescimento e até mesmo sobrevivência no mercado atual.
Por meio dos controles internos, os seus gestores poderão melhor controlar os seus próprios negócios. Bem desenvolvidos com objetividade e implementados de forma verdadeira, disporá a empresa de uma avaliação mais objetiva para descobrir os riscos relacionados à sua sobrevivência mercadológica, visando-se fazer a correção de rumos a curto, médio e longo prazo. As informações contidas nos relatórios referenciados devem estar revestidos para a sua eficácia de integridade e qualidade, de forma confiante, quando da tomada de decisões por seus gestores. Portanto, os relatórios gerenciais devem ser feitos dentro de indispensáveis exigências, como confiabilidade, metodologia definida, objetividade e transparência de informações. Ocupam-se com informações essenciais e não meramente acidentais, de irrelevantes significações.
Segundo grandes consultores, na modernidade da gestão empresarial, o conjunto de informações é, de fato, um dos principais bens de uma empresa. Como se irá adotar o gerenciamento da empresa sem estas informações representativas de visão micro e macro da mesma ? Evidentemente, não será possível a definição de planejamento estratégico indispensável na gestão da empresa. Os controles internos passam, ainda, pelo imperativo constante de um monitoramento, ou seja, avaliação de suas consistências, análise comparativa entre o que foi feito e o que estava previsto e, sobretudo, da veracidade das informações neles contidas.
Uma outra realidade lógica se impõe para aplicação e avaliação dos controles internos os gestores de cada área da empresa são os responsáveis diretos pela efetiva elaboração de eventuais distorções ou inveracidades comprovadas e definição de levantamentos permanentes de dados que possam expressar uma realidade nua e crua da empresa. Dentro de uma avaliação profunda, além de qualquer uma outra coisa, afirma o Dr. Geraldo Eugênio Tonelli, “princípios éticos e normas de conduta são indispensáveis à qualquer empresa. Sem esses princípios e normas claramente definidos, divulgados e, principalmente, praticados, nenhuma ação de controles trará os resultados desejados“.
Como reflexão final, tais medidas impõem-se por si mesmas, justificadas no conceito e necessidade da competência da empresa moderna. Sem a “tecnologia do conhecimento“ imposta pelo mundo globalizado não será possível sobreviver a empresa nesta guerra de preços, competência e competitividade. Aqui emerge um pensamento antigo “quem não tem competência não se estabelece, ou ainda, quem não pode com o pote não pega na rodia“.
João Gonçalves Filho (Bosco) – administrador de consórcio
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