60% das empresas pretendem implementar nos próximos seis meses ferramentas com inteligência artificial. O dado é um dos destaques dos primeiros resultados da Pesquisa ClienteSA – A Aplicação da Inteligência Artificial na Gestão de Relacionamento com o Cliente. Focada em um grupo de 100 líderes de empresas representativas, o índice de resposta chega a 30% do universo pesquisado, indicando uma excelente representatividade, destaca o especialista Clóvis Castelo Júnior, que juntamente com Onófrio Notarnicola, é responsável pelo estudo.
Este, entre outros dados extraídos, como a porcentagem de 80% das respostas indicando que o principal canal a receber os investimentos é o SAC, permitem algumas reflexões, como admite Clóvis. “Podemos inferir, de maneira preliminar, que a Inteligência Artificial já está no radar das empresas do setor para adoção nos próximos meses, mas a utilização de seu potencial ainda será limitado a algumas funções mais específicas; embora existam players que invistam agressivamente nessas tecnologias, a maioria ainda é mais conservadora e tende a aguardar como aqueles primeiros irão se sair quanto aos benefícios e custos .”.
A confiança maior no resultado pode ser avaliada pelo nível de participação. 52% das respostas são de diretores, contra 38% de executivos com nível de gerência e pouco mais de 10% que se identificam como analistas. “Por este nível de resposta, podemos ter certeza que os indicadores têm uma relevância muito grande, e realmente indicam caminhos”, explica Clóvis.
A pesquisa, que ainda está em processo de conclusão, vai ser apresentada com exclusividade no Meeting ClienteSA – Bench & IA, que será realizado no final de novembro, em São Paulo. Ele vai refletir a expectativa de apresentar o resultado da pesquisa e abri-la para discussão, apoiada em cases práticos, uma avaliação e discussão sobre ROI, para mostrar e questionar o comportamento das decisões, e mostrar as tecnologias que estão sendo utilizadas.
Uma outra análise bem interessante é que, segundo o Gartner, as empresas são classificadas em três diferentes visões quanto aos investimentos e/ou adoção por novas tecnologias. Ele classifica, de uma forma didática, três diferentes empresas: As tipo “A” mais agressivas, audaciosas que utilizam a TI com transformadora dos negócios que correspondem a 5% do mercado empresarial. Já as empresas tipo “B” são mais racionais, ponderadas e tem a TI com suporte aos negócios e correspondem a 60% do perfil das empresas brasileiras. E, finalmente, as empresas tipo “C” são seguidoras, cautelosas e usam a TI como ferramenta operacional em seus negócios e correspondem a 35% do horizonte corporativo.