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Inadimplência recua sete pontos em maio


O percentual de consumidores na Região Metropolitana de São Paulo que afirma possuir algum tipo de dívida manteve-se praticamente estável em maio. A taxa ficou em 60%, contra 61% apurada em abril. No entanto, em relação ao mesmo mês do ano passado, quando 53% declararam possuir débitos pendentes, o resultado é sete pontos percentuais superior. Os dados constam da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).

Por outro lado, o universo de inadimplentes apurou recuo de sete pontos percentuais no contraponto a abril e a igual período de 2005. Neste mês, 38% dos consumidores afirmaram estar com contas em atraso, ante 45% no anterior. Trata-se da terceira maior queda, no comparativo mês atual/mês anterior, desde que a pesquisa começou a ser realizada, em abril de 2004. O índice só fica abaixo dos verificados em dezembro de 2004, quando a parcela de consumidores com prestações vencidas recuou 8 pontos percentuais (de 40% para 32%), e em setembro de 2005: retração de sete pontos percentuais (de 44% para 37%).

“Uma vez encerrado o período de pagamento de contas típicas de início de ano, o consumidor tem mais condições de quitar os outros compromissos. O aumento do salário mínimo em abril e a expansão da oferta de crédito também podem ter influenciado o resultado”, afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.

Com a redução no percentual de consumidores com contas em atraso, maior parcela declarou a intenção de quitar total ou parcialmente as dívidas, passando de 70% para 73%. Da mesma forma, houve redução daqueles que informaram não poder honrar os compromissos, de 27% para 24%. Em relação ao prazo médio de endividamento, para 24% dos consumidores, ele é inferior ou igual a três meses. Para cerca de 40%, varia de três meses a um ano. Outros 35% declararam que as dívidas têm vencimento superior a 12 meses.

Na avaliação da Fecomercio, apesar da melhora dos indicadores de endividamento e inadimplência, o percentual daqueles que ainda detêm pagamentos pendentes continua preocupante. Isso porque a maioria, 64%, tem renda inferior a 10 salários mínimos. Assim, enquanto no curto prazo, os efeitos do lento crescimento da renda são atenuados pela expansão do crédito, mais adiante, esse mecanismo poderá elevar ainda mais o risco de inadimplência. Serão exatamente os consumidores com menor remuneração os que terão a capacidade de pagamento reduzida, alerta a Federação do Comércio paulista.

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