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Inovou ou errou?

O mercado vem se tornando em um cenário cada vez mais hostil com a crescente quantidade de empresas, saturando e fornecendo a todo o momento opções iguais de produtos e serviços para os consumidores. Já esses se encontram mais e mais exigentes e cobrando por novidades. Então, como conseguir sobreviver a um ambiente tão complexo? A resposta é simples: inovar. “Inovação é fundamental para qualquer estrutura de empresa. O mercado é muito dinâmico, se não investir nela e não tiver o que oferecer e diferenciar-se aos clientes, a empresa vai ficar para trás”, afirma Sérgio de Souza Carvalho Jr., diretor de marketing, TI & CRM/SAC da 5àsec. Ao mesmo tempo, essa é uma estratégia que trás diversos desafios para as empresas, uma vez que ainda cometem muitos enganos e este é um caminho de apostas.
Mas se tem um momento bom para inovar é esse. No Índice Global de Inovação foi apontado um recente crescimento de novos eixos nas economias emergentes, que estão ajudando a redefinir o mapa global de inovação. Os dados identificaram 20 ecossistemas distribuídos em 12 países, confirmando o Brasil como um relevante ator da inovação global, junto com outras economias emergente como Singapura, Rússia e Índia. Ainda reconheceu que empresas, governos e sociedades estão inseridos em um contexto econômico de transformação constante. Ou seja, atualmente, o país se encontra em um momento de boa oportunidade para quem deseja mudar e fornecer seus diferenciais. Entretanto, é preciso cuidado, pois muitos consideram que inovar é oferecer algo que ainda não existe no mercado, o que não é uma regra. “Introduzir algo novo não necessariamente significa buscar por algo inédito. Inovar também é fazer algo que já existe de uma forma diferente”, explica Felipe do Val, sócio do restaurante Le Bou. “Vejo muita energia sendo gasta desnecessariamente na busca do inédito.”
Há um gasto desnecessário de energia, justamente, porque os negócios planejam mal as estratégias de inovação. É preciso ter em mente que o processo deve partir, única e exclusivamente, de um ponto: o cliente. “A inovação vem da expectativa do cliente, já que ele sempre procura por algo que facilite a sua demanda, que seja simples, rápido e que atenda, principalmente, aquilo que ele espera quando procura uma empresa”, completa Rogério de Castro, diretor de relacionamento com o cliente da Gol. É o consumidor quem irá determinar se uma inovação vai ou não sei aceita, caso ele não aceite aquilo que a empresa oferece, o investimento foi em vão, o projeto pode ser um fracasso e a inovação não foi efetiva. “O cuidado que precisa ter é em, principalmente, ouvir cliente e mercado. Quando a empresa não os ouve, corre o risco de criar algo que não vai ser necessário. Então, o que ela pensava que seria um grande diferencial, na verdade não é”, adiciona Carvalho Jr.
É um risco iminente a todos aqueles que estão no processo. Aliás, ao inovar, a empresa estará correndo diversos perigos, mas é o fato de se permitir arriscar, de se fornecer liberdade de investir em algo que não se sabe se dará certo, que muitas vezes fazem com que os negócios conquistem o sucesso. “A gente teima em fazer o que é 100% certo, garantido, mas, para fazer a inovação, é preciso se dar o direito de errar, de fazer algo e correr o risco, inclusive, de não acontecer”, realça João Gabriel Chebante, consultor de branding e marketing de empresas e especialista em construção de marcas. “Grandes empresas, quando inovam, testam no mercado e tudo bem se der errado, pois dá aprendizado para evoluir na solução”. Para isso, basta ter cuidado no momento de se “deixar sair da caixa”, para que, caso haja erros, eles não comprometam a manutenção do negócio.
Mais uma razão para ouvir o cliente, pois haverá uma maior segurança em oferecer aquilo que ele realmente precisa. Segundo Marcio Eugênio, especialista em e-commerce e sócio-fundador da D Loja Virtual, inovação é facilidade. “tudo que facilita ou melhora a interação de um grupo de pessoas pode ser considerado inovador”. E ao conquistar este patamar, a chance de atrair novos clientes e fidelizar os que já existem é quase certa, uma vez que a satisfação deles estará garantida. “Melhorando essa experiência e ele saindo satisfeito, ele espalha essa informação para outras pessoas. É um círculo virtuoso que só ajuda a empresa”, acrescenta.
Na Gol, oferecer facilidade ao cliente é o principal objetivo de qualquer inovação e, assim como disse Castro, ela é sempre baseada na necessidade do público. Como exemplos das inovações implementadas na companhia, há o Bagagem Expressa, um totem em que o cliente pode realizar o seu próprio check-in e a etiquetagem das bagagens, sem a necessidade de pegar fila, o Conte Comigo, espaço dentro dos aeroportos para que os viajantes tenham suporte ou qualquer tipo de auxílio, como atendimento aos que possuem necessidades especiais ou em libras, e o Ganhando Asas, que é identificação de passageiros de primeira viagem e, assim, fazer com que os colaboradores lhes deem um atendimento diferenciado. “A inovação é bacana, que pode ser baseada em tecnologia ou não, mas ela tem que ser colocada de forma correta dentro da empresa, para que ela não traga desafios para o cliente”, finaliza ele.
E para você, se é um risco, por que as empresas devem investir em inovação? Participe da nossa enquete!
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Ao contrário do que imaginam, empresas não precisam lançar sempre coisas novas no mercado
Para conseguir inovar, empresa precisa também se dar ao luxo de apostar no sucesso
Para inovação ser efetiva, empresa precisa fazer com que cliente acredite nela e tenha segurança
É preciso cuidado! Empresas podem confundir conceito e, com isso, errar nas estratégias

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