Autora: Veruska Reina
O constante crescimento de usuários plugados na web promete fazer de 2011 um ano que deverá ficar marcado pelos maiores investimentos das empresas em marketing digital. As estimativas apontadas pela revista The Economist apontam que o crescimento da publicidade on-line em 2011 deverá ser o dobro, em relação a 2010.
De outubro de 2009 a outubro de 2010, foram contabilizados 51,8 milhões de internautas na rede, de acordo com os dados do Ibope Nielsen Online. Estimativas prevêem que até 2012 o mundo terá dois bilhões de usuários ativos na web.
O aquecimento do ambiente on-line traz um efeito em cadeia e contribui para elevação de investimentos nos mais diversos setores. A presença de mais e mais pessoas na internet, a elevação de vendas no comércio eletrônico, a febre dos portais de compras coletivas e clubes de desconto e o barateamento e acesso cada vez maior a banda larga são fatores determinantes para uma preocupação eminente das empresas em cuidarem de sua marca no mundo digital.
As redes sociais também chegaram para ficar e prometem ser o alvo de marcas que desejam se relacionar com um target cada vez mais específico, trazendo muito mais conteúdo do que uma oferta propriamente dita.
Enquanto consumidores, ganhamos o poder da escolha criteriosa e a possibilidade de dar a cartada final. Nós passamos a ditar as regras.
Enquanto empresários ou profissionais do setor, precisamos perceber que a voz que fala mais alto é a de nosso público. Palavras que já viraram jargão como segmentar, customizar e personalizar são a bola da vez, mas não basta mais apenas isso.
Agora precisamos atender, individualmente, a necessidade absoluta de nosso cliente, prospect e suspect. As regiões mais promissoras e que espalham a tecnologia pelo mundo afora como o Vale do Silício já trouxeram ferramentas para mapeamento minucioso de perfis de pessoas que podem e querem nos escutar. O Brasil caminha a passos largos nessa empreitada, mas está ainda longe do vasto conhecimento norte americano.
Os empreendedores brasileiros precisam aprender a fazer marketing digital com países modelo e os fornecedores de ferramentas que possibilitam um processo altamente detalhado para análise de dados de potenciais clientes precisam espelhar seus softwares em desenvolvimentos internacionais.
A otimização de sites, os famosos e tão falados SEO e SEM, o posicionamento de marca e a relevância de conteúdo em ofertas por email, o chamado email marketing, precisam estar cada vez mais presente nas estratégias de comunicação das empresas. O brasileiro avança rapidamente em seu acesso a web e junto a isso, ele descobre cada vez mais o poder que ganha frente às redes sociais, canais de relacionamento que nasceram de uma ideia e incrivelmente rápido saíram do papel rumo à consolidação.
Precisamos andar muito mais rápido que o crescimento de usuários em rede. O setor educacional também sofre esse impacto. Precisa urgentemente incluir novos e novos cursos digitais em suas grades acadêmicas para preparar uma geração que promete dominar o mundo.
Faltam profissionais especializados na área de marketing digital, falta a criação de leis e processos que trabalhem a favor de uma marca e do consumidor. Faltam empreendedores que inspiram seus modelos empresariais em mercados que dão certo. Falta aculturamento para entender que se não pensarmos rápido, pode ser tarde demais.
O ano de 2011, como disse no início desse artigo, promete ser promissor e um dos períodos que deve ficar marcado no quesito investimento em marca na internet. As empresas querem investir, estão dispostas a isso e já entenderam que devem ter um budget reservado para tal.
Cabe agora as agências agirem e de maneira absolutamente rápida para atender a incrível e esperada demanda que chega neste ano. Afinal, vamos fazer de 2011 o verdadeiro ano do marketing digital?
A concorrência não manda mais em nada… Agora, literalmente, chegou a vez do consumidor.
Veruska Reina é CMO da Virid Interatividade Digital