Autor: Marcelo Klein
Em tempos de crise econômica, reduzir custos é a palavra de ordem. Atualmente, os clientes resistem em gastar dinheiro, na maioria das vezes descartam o que lhes parece supérfluo. Nessas horas as marcas precisam tomar uma atitude e não estamos falando de cortar custos ou pessoas, mas sim de inovar e criar novas formas de incrementar as vendas, estimulando novas compras e dando atenção devida aos clientes que já fazem parte da carteira, para que eles voltem mais vezes.
É preciso lembrar que os clientes são a bola da vez e ditam as regras do consumo, portanto estar em sintonia com eles é um dever de toda marca. Mas como fazer isso se a cada três notícias, duas são sobre a crise econômica? Não é a primeira vez que as empresas brasileiras enfrentam uma crise. Na verdade, obter sucesso no Brasil já é ser grande ao enfrentar burocracias, falta de mão de obra qualificada e tantos impostos. Nizan Guanaes, sócio e co-fundador do Grupo ABC de Comunicação, é um exemplo de que em tempos de crise é preciso usar a liderança e criatividade para deslanchar. Ele publicou a famosa frase “enquanto outros choram, eu vendo lenço” e soube se sair muito bem da crise de 1990 quando Collor estava no poder e havia muitas incertezas.
Hoje em dia, a tecnologia avançou muito e é sem dúvida uma poderosa ferramenta de marketing e vendas. Nizan não tinha essas facilidades na época e mesmo assim encontrou uma forma de obter sucesso. Imagine então o que sua marca pode fazer hoje. Uma empresa que soube utilizar esta inteligência é a Schooner, player de moda com lojas em São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Com ações focadas no Programa de Relacionamento com os clientes a marca conseguiu em março deste ano, ter mais de 15% de incremento de vendas. Este número só foi possível porque os clientes receberam incentivos de cash-back para voltar.
Além deste excelente resultado, em torno de 25% das vendas da rede vieram de clientes incentivados pelo programa de ações de venda digital, por e-mail, SMS e Tele-marketing. Estes dados foram mensurados e fizeram o gráfico de desempenho da marca se manter em um ótimo nível, sem impactar negativamente o faturamento, ao contrário da realidade atual de muitas empresas.
Provavelmente, as marcas já têm algumas informações básicas e histórico das últimas compras de seus clientes. Mas, não adianta ter todos esses dados e não saber como usá-los. Talvez você esteja com a faca e o queijo na mão, mas se pensar só na crise ou em problemas não saberá como encontrar a melhor maneira de usar isso ao seu favor. Então, ao invés de se desesperar, pense com atenção nas informações que você já tem sobre seus clientes e invista em ações de relacionamento direcionado e automatizado. Mostre que você o conhece, que está cheio de ótimas novidades e quer vê-lo novamente dentro de sua loja. Crie oportunidades ao invés de comprar lenços!
Marcelo Klein é COO da Giver