Autor: Alexandre Glikas
Não há dúvida, a jornada para a nuvem é um caminho sem volta. Foi a respeito disso que eu e alguns executivos do setor discutimos em um painel, na última edição da Futurecom, em São Paulo. Com o tema “A Caminho da Nuvem: Ampliando oportunidades para atender demandas imprevisíveis e volumes explosivos de dados”, esse é um assunto que pode render incontáveis horas de conversa.
A tecnologia vem mudando a forma de fazer negócio, agregando valor e impactando diretamente as receitas das empresas. Nesse caminho, o cloud tem sido um importante aliado.
Para se ter noção do tamanho desse mercado, foi comentado durante o evento que o consumo de nuvem vai crescer 60 vezes em cinco anos no mundo. E este não é nenhum número absurdo, é resultado da disseminação e evolução dos serviços em nuvem.
No entanto, há ainda uma grande parte de tomadores de decisão que têm receio em migrar seus sistemas. Apesar do cloud passar por um processo de popularização, alguns empreendedores ainda enxergam essa tecnologia de forma nebulosa, seja em relação à segurança, investimento ou mesmo por não conhecerem completamente seu funcionamento.
Também por conta desse cenário, a posição de Cloud Service Management – CSM vem ganhando espaço, seja auxiliando empresas a saírem dessa fase receosa ou mesmo aqueles que estão no outro extremo dessa linha e já não conseguem, sozinhos, gerenciar seus sistemas em nuvem, principalmente aqueles em cloud pública.
Com a função de ajudar o cliente a encontrar os serviços em cloud que se encaixam em suas demandas, eles têm uma posição de confiança nas empresas, sendo corresponsáveis pela gerência dessa jornada. Não à toa, o CSM representará 40% do crescimento das nuvens públicas em dez anos.
Assim como existe uma fatia de executivos receosos com o uso do cloud, há, na outra ponta, uma enorme pressão em cima dos CIOs para levarem tudo para a nuvem. Entretanto, antes dessa tomada de decisão e para, de fato, obter as vantagens que essa tecnologia proporciona, é preciso entender o que faz sentido, qual aplicação, para qual nuvem, qual tecnologia e qual será o custo-benefício.
Com isso, também podemos concluir que diferentemente do que alguns executivos principalmente nas micro e pequenas empresas, podem pensar, essa tecnologia não é apenas para grandes companhias. A jornada para a nuvem é uma viagem que todas deverão fazer, o que será diferente serão os caminhos percorridos, ou seja, as soluções e formatos que cada uma utilizará.
Vale lembrar que essas diferenciações vão muito além da simples divisão de caminhos entre as micros, pequenas, médias e grandes empresas. Tem a ver com o tipo de negócio, com quem está por trás daquela corporação, com as dores e necessidades daquele empreendedor.
Na jornada para a nuvem, as soluções precisam se integrar, de maneira natural, à infraestrutura das companhias de acordo com a disponibilidade de investimento e outras variáveis, que podem personalizar e agregar ainda mais valor a essa caminhada.
Alexandre Glikas é diretor-geral da Cluster2Go e da Locaweb Corp.