O consumidor paulistano está menos confiante em junho segundo o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador, que é composto pelo Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA) e pelo Índice de Expectativa do Consumidor (IEC), apresentou queda de 0,6%, passando de 146 pontos em maio para 145 em junho (em uma escala que varia de 0 a 200 e denota otimismo quando acima dos 100 pontos). Essa é a quarta queda mensal consecutiva no ICC.
Segundo a entidade, o que tem feito o indicador cair mês após mês é a alta constante nos preços, que prejudica a renda real do consumidor. Porém, a federação observa que a avaliação da situação atual do consumidor é melhor do que as suas perspectivas futuras. O ICEA teve alta de 1,6% em junho, passando de 145,1 em maio para 147,5 pontos no mês. Já o IEC registrou queda de 2,1%, ao diminuir de 146,5 para 143,4 pontos, no mesmo período. Isso pode indicar que o consumidor está percebendo as medidas de contenção da inflação e dos estímulos ao consumo por meio das desonerações como passageiras, com expectativa de um cenário mais preocupante no futuro.
Existe também uma percepção distinta entre os consumidores das diferentes faixas de renda. No ICEA, enquanto as pessoas com renda superior a dez salários mínimos mostraram mais otimismo, com 150,1 pontos (avanço de 8,5% em relação a maio), os consumidores com renda inferior demonstraram-se mais negativos, com 146,2 pontos (queda de 1,4% em relação ao mês anterior).
Já no IEC os paulistanos com renda mensal superior a dez salários mínimos indicaram percepções mais negativas com queda de 10% na sua confiança, passando de 148,3 pontos em maio para 133,5 em junho. Nas pessoas com rendimentos inferiores houve aumento de confiança de 1,6%, com alta de 145,7 para 148,1 pontos.
Como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.