Autora: Debora Souza
Quando iniciei no marketing direto, em 1996, tive um diretor que dizia que esse mercado ainda cresceria muito. Ele costumava falar que o mercado internacional estava mais avançado, mas que um dia chegaríamos lá. Realmente, o mercado internacional continua na nossa frente, principalmente em relação às regras de utilização das listas, mas uma coisa é certa: estamos sim evoluindo.
Desde então, atendi muita agência. Buscavam mailing para enviar mala direta, pois o e-mail marketing não havia chegado ainda. Com o passar do tempo e a chegada do marketing por e-mail, passaram a buscar ações casadas, mais segmentadas, pois tinham nesse canal a expectativa do retorno mais rápido e custo reduzido. Passaram a compreender melhor o que era o marketing direto.
Mas todo crescimento trás coisas boas e ruins. O lado muito ruim do crescimento deste mercado é o mercado informal. Sabendo disso, é preciso que empresas idôneas alertem seus clientes em relação a prováveis problemas que surgirão caso se aventurem nesse mercado.
Garantias e origem das listas devem estar explícitas em propostas, contratos, sites etc. Busque referências no mercado. Verifique se informam em seus sites endereço físico e telefone fixo. É o mínimo de informação que podem fornecer ao cliente.
Outro ponto muito importante: a existência da lei Do Not Call, em vigor desde 1º de abril de 2009. Os telefones bloqueados jamais podem estar presentes no processo de locação de listas, certifique-se sempre disso ao contratar um fornecedor.
Percebo que as agências sabem da existência da lei, mas se esquecem dela no momento da locação. Cabe a nós informar as possibilidades e os prováveis problemas que poderão ter, caso não se atentem a isso.
Enfim, o conhecimento do mercado de listas é fundamental para quem precisa delas, em especial as agências. As chances de assertividade aumentam muito. Escolha com critério, muita acima do preço. O retorno certamente será baseado na ética e responsabilidade.
Debora Souza é gerente de contas da Zipcode.