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M-commerce: agora vai?!?

Não é de hoje que se fala sobre mobile commerce. Pelo contrário, já há alguns anos se propagava essa como uma grande tendência nas relações de consumo. A expectativa de muitos era da migração do e-commerce para m-commerce, até pela grande penetração dos smartphones no Brasil. No entanto, por muito tempo essa tendência não decolou, pelo menos da maneira que se imaginava. Só que as coisas parecem estar mudando. No Brasil, varejistas que investem em vendas via app e web mobile já têm 44% das transações online feitas em dispositivos móveis. É o que revela a Criteo no estudo Análise do E-commerce no Mundo.
De acordo com a mesma pesquisa, os pedidos feitos por meio de aplicativos já chegam a 16%, enquanto via web mobile somam 28%. O desktop ainda sai na frente com 56%, entretanto, o relatório revela que 16% das vendas concluídas no canal são precedidas de um clique no ambiente móvel. No total, 31% das transações pós-clique em desktop são iniciadas em outro dispositivo. “Os consumidores de hoje são ativos em todos os ambientes de navegação e compram a qualquer hora, de qualquer local”, explica Alessander Firmino, diretor geral da Criteo para o Brasil e Latam. 
Realmente, um dos principais motivos para esse crescimento é a hiperconectividade dos consumidores brasileiros. O estudo Global Mobile Consumer Survey 2017, realizada pela Deloitte, aponta, por exemplo, que oito em cada dez brasileiros que possuem smartphone acabam estourando os pacotes de dados antes do final do período programado para utilização. Além disso, quase metade (45%) dos jovens entre 18 e 24 anos checa notificações de mídias sociais no meio da noite. Na média geral, de todas as idades, esse hábito noturno afeta 33% dos participantes. “Com os resultados, constatamos que nossa sociedade vive mudanças de hábitos e costumes que têm transformado a maneira como as pessoas se comportam, como trabalham, estudam, se divertem e se relacionam”, afirma Marcia Ogawa, sócia-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicação da Deloitte no Brasil.
Compartilhando da mesma visão, Alejandro Vásquez, cofundador e diretor da equipe de atendimento ao cliente da Nuvem Shop, comenta que o comportamento do consumidor está mudando junto com os celulares, e os empreendedores e varejistas têm excelentes oportunidades de aumentar as vendas. “É preciso estar atento ao crescimento das transações via dispositivos móveis”, comenta. Levantamento da própria Nuvem Shop, a partir da base de lojistas que utilizam sua plataforma de e-commerce, indica aumento de 80% no número de compras virtuais realizadas por meio de dispositivos móveis, na comparação entre janeiro e setembro de 2017 com o mesmo período do ano anterior. Também foi possível observar crescimento do volume das compras via mobile, que passou de 33,7% em 2016 para 43,6%, aumento de quase 10%. A receita dos lojistas via transações mobile, que em 2016 era de 23%, agora é de 33%, incremento também na casa dos 10%. Já o ticket médio de vendas via mobile de janeiro a setembro de 2017, foi de R$ 198,18.

PERFIL DO M-CONSUMIDOR

Praticidade e agilidade são os principais pontos positivos de realizar compras no mobile para 81% e 71% dos entrevistados, segundo pesquisa realizada pela Opinion Box, em parceria com o Digitalks. Por outro lado, os principais motivos que provocam a desistência da compra são site lento e não responsivo levantados por 50% dos entrevistados. Basicamente, os números se repetem quanto aos aplicativos. O travamento do App é a causa de desistência de compra para 56% do público, enquanto que 50% desiste se estiver lento.
“Os consumidores estão abraçando inteiramente as compras online em seus celulares e, principalmente as gerações mais novas, estão dando preferência à simplicidade e usabilidade.  Não importa se estamos falando de sites, aplicativos, programas ou outros meios, devemos sempre ter em mente a interface do usuário e todas as formas possíveis de utilização do que está sendo desenvolvido”, comenta Maurício Trezub é diretor de e-commerce da Totvs. Ele reforça que o importante é garantir uma navegação simples e fazer com que o cliente consiga acessar o que procura o mais rápido possível.
Quanto à quantidade de compras realizada nos últimos 12 meses, o estudo aponta ainda que 14% fizeram somente uma compra, enquanto que 56% fizeram entre duas e cinco compras e 30% fizeram seis ou mais. Entre os itens mais comprados, em primeiro lugar, com 47%, ficam roupas e acessórios. Eletrônicos ocupou a segunda posição, com 40%, seguido de Livros e Papelaria (37%), Saúde, beleza e medicamentos (36%), Informática (34%), Eletrodomésticos (31%), Comida (30%), Táxi ou carro particular (28%). “O consumidor da Era Digital quer encontrar tudo no menor tempo possível e com mais facilidade, podendo comprar a qualquer momento – não apenas dentro do horário comercial quando está sentando em frente a um desktop. E, por isso, oferecer alternativas para esse público, que faz suas compras por tablets e, principalmente, por smartphones, é uma questão de sobrevivência para o mercado varejista”, acsrecenta Trezub. “As empresas que ignorarem essa transformação estão destinadas a perder gradativamente visibilidade e oportunidades de negócios.”
COMPRA PELO WHATSAPP
Concebido inicialmente para troca de mensagens, o WhatsApp vem se tornando também uma plataforma para negócios – desde encomendar pizzas ou comprar roupas e acessórios até a negociação com corretores de imóveis na busca por um apartamento. Levantamento do SPC Brasil e da CNDL mostra que 39% dos internautas já utilizaram o aplicativo para se comunicar com a loja ou vendedor no processo de compras.
Cinco em cada dez (52%) consumidores que usam WhatsApp para compras foram respondidos todas as vezes que entraram em contato com uma loja/vendedor pelo aplicativo e 59% já realizaram algum tipo de compra pelo aplicativo, principalmente por se sentirem mais seguros ao entrar em contato com o vendedor (15%), porque podem comprar sem sair de casa (15%) e porque podem receber imagens e vídeos dos produtos antes de adquiri-los (14%). Os produtos mais comprados com auxílio do aplicativo são: comida delivery (23%), vestuários, calçados e acessórios (22%) e cosméticos e perfumes (15%).
“A essência do aplicativo é facilitar a comunicação entre as pessoas e isso acabou por se estender ao ambiente profissional. É natural que varejistas e prestadores de serviços tenham percebido o potencial da ferramenta para abordar e ser abordado por clientes, sanar dúvidas, divulgar novidades, gerar interesse e, consequentemente, concretizar mais vendas”, pontua o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.
Confira a seleção de matérias sobre m-commerce:
Compras virtuais por meio de dispositivos móveis crescem 75% no último trimestre
Pesquisa aponta também que 16% dos pedidos via desktop são precedidos de clique no mobile
Estudo estima que uso de carteiras digitais crescerá dos atuais 15% para 31% até 2021

Futuro do e-commerce será mobile?

Pesquisa aponta que 59% dos internautas já fizeram ao menos uma compra por meio de aplicativos
Pesquisa revela que 82% já pesquisam e compram em smartphones ou tablets
Consumidores dão amostra em pesquisa da utilização intensa de smartphones
Varejo deve se atentar para o aumento da influência mobile nas compras
Aplicativos e m-sites das lojas online da empresa respondem por 1,5 mi de pedidos no 2º trimestre
Pesquisa aponta o comportamento de compra em smartphone e tablets

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