Mais uma barreira caindo?

Internet das Coisas parece ser a definição mais utilizada para definir como será o futuro, com todos os equipamentos conectados, trocando informações entre pessoas e empresas, propondo uma realidade tão avançada e virtual que chega à parâmetros de ficção científica. Por outro lado, não deixa de ser uma verdade também acreditar que o IoT já vem acontecendo. Uma prova está no quanto as pessoas estão mais dependentes de suas vidas virtuais, de tal maneira que unem o ambiente digital e físico em suas atividades. Enquanto cozinham, procuram a receita na internet; no exercício ouvem música por um programa streaming ou acessam os e-mails e leem as notícias do dia; a compra do supermercado também já é possível de ser feita via computador e esperar pela entrega sem precisar sair de casa ou enfrentar filas. 

Esses são alguns exemplos para provar o quanto a ideia de futuro já ocorre no agora. Ainda mais com o crescimento exponencial do uso de dispositivos móveis, essa é uma realidade ainda mais presente, muito por conta de serviços com estratégia online to offline (O2O), na qual permitem que o cliente, por meio de um site ou aplicativo, inicie a operação no ambiente digital e a finalize no físico. É o caso da compra de um ingresso para o cinema, a reserva de um restaurante, o pedido de um táxi, serviço de entrega, etc. São infindáveis opções, que derrubam a barreira entre os dois mundos, tornando-os um só, sem que os clientes percebam. Aliás, eles são, em parte, grandes influenciadoras para que essa estratégia tenha se disseminado no mercado, pois cada vez mais estão em busca de atendimentos do tipo.

Para Cristiano Soares, CEO e co-fundador da Vaniday Brasil, a união de ambas as realidades ultrapassa o sentido da evolução. Hoje, ela é um ponto essencial, principalmente, para os negócios. “Hoje não pode existir mais a distinção entre um estabelecimento físico e o ambiente digital. A necessidade desses dois mundos estarem interligados já se tornou obrigatória.” A razão é porque serviços O2O possibilitam que a empresa tenha uma posição cada vez mais defendida pelos especialistas: de ser multicanal. Oferecer uma opção em que o cliente tenha contato com o negócio tanto virtual quanto real e, inclusive, ao mesmo tempo, é mostrar que ela está onde o público estiver, a qualquer instante que precisarem. “Não se trata de uma moda, com prazo para acabar, é realmente uma tendência irreversível, uma vez que a penetração da Internet só tende a crescer”, complementa Guilherme Bonifácio, CEO da Rappido.

Ou seja, é vital, pois cada vez mais será difícil que uma companhia não se influencie com o mundo online. Afinal, ela faz parte de um mundo em que já não se desconecta mais. Junto a isso, investir no online to offline permite que se crie uma interação mais dinâmica, ágil, prática e de maior alcance, a um custo bem menor, se comparado com outras ações de marketing. “As empresas que apostarem no segmento de O2O certamente encontrarão uma série de benefícios”, avalia Arthur O´Keefe, CFO da Movile. Já para os clientes, as vantagens são, principalmente, comodidade e economia de tempo. “Eles já não precisam ir até espaços físicos buscando o melhor preço ou qualidade. Hoje consegue fazer qualquer análise pela tela do computador ou do smartphone”, complementa Leonardo Maia, CEO da Touch Pizza.

Outra bandeira defendida hoje em dia para o sucesso no mercado é de que as empresas têm que sempre procurar ter o máximo de informação sobre os clientes. Somente assim elas conseguirão atender suas necessidades e criar uma aproximação efetiva. E esse é outro ponto que pode ser alcançado com o O2O, pois, segundo Bonifácio, o negócio tem a chance de analisar o comportamento do consumidor por meio do uso de suas ferramentas online. “Um restaurante, por exemplo, pode começar a entender melhor o perfil do cliente quando passa a oferecer delivery ou reservas online. Qual a frequência de consumo, onde ele mora, quanto gasta em média? Tudo é relevante se o negócio pensa em oferecer um produto ou serviço mais adequado ou mesmo customizado”, explica.

Se a Internet das Coisas já começou ainda fica difícil saber, assim como é possível se questionar se realmente não existem mais barreiras entre o digital e o físico no nosso dia a dia. O que não se pode negar é que o serviço online to offline, como já dito, é uma tendência, que vem sendo cada vez mais empregada pelas empresas. Sejam pelas vantagens que elas conquistam sejam pelos benefícios que oferecem ao cliente. Da mesma forma como online não deixa mais de existir na nossa atual realidade, talvez o O2O também não.

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