Marca própria mantém crescimento

Mesmo apresentando expansão nos últimos anos, o desenvolvimento de Marcas Próprias no Brasil é um dos mais baixos do continente Sul-Americano (7,9%) e está distante da média global (16,1%), não ultrapassando 5% de participação. É o que revela o último Estudo Nielsen sobre Marcas Próprias no Brasil. Na avaliação da pesquisa, isso se deve, entre outros fatores, à concentração desse segmento nas grandes redes varejistas, que são menos representativas no Brasil que em outros países latino-americanos; às dificuldades de logística e de encontrar fornecedores com boa capacidade produtiva; e, por fim, à falta de gestão de marca, visando não somente a disponibilização do produto na gôndola e definição de preço, mas também aspectos como definição estratégica da marca e comunicação ao consumidor.
Mesmo oscilando positivamente, a MP mantém o desempenho histórico. Ano passado, ela cresceu mais do que as marcas de fabricantes, 13,4% e 9,6% respectivamente. Produtos básicos como papel higiênico (25%), feijão (19%), leite asséptico (18%), óleos para cozinhar (18%), açúcar (15%) e arroz (15%) foram os que mais contribuíram para esse bom resultado.
Segundo Jonathas Rosa, coordenador de atendimento ao varejo da Nielsen, “além do posicionamento de preço aliado à disponibilidade em loja, o crescimento das Marcas Próprias, impulsionado pelas categorias básica, se deve também ao fato das trocas de marcas feitos pelos brasileiros em meio à crise. O consumidor tem a percepção de que, quando se trata dos itens básicos, a qualidade da MP é suficiente para atender suas demandas de consumo”.
Embora a maior contribuição para o crescimento das Marcas Próprias venha dos produtos básicos, as com foco em premium crescem 3,4 vezes mais do que as outras. As MP premium são movimentadas por lançamentos e saudabilidade. Os lançamentos representam 33% dos itens e 100% do crescimento dessas marcas, e 37% do faturamento do segmento vem de marcas com proposta de saudabilidade. “Vale ressaltar que há espaço considerável para o desenvolvimento de Marcas Próprias premium que, atualmente,  representam 4,2% de esse mercado”, pontua Rosa.

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