São muitas as opções que uma empresa pode procurar para aumentar o relacionamento com os clientes, seja para fidelização, alavancar vendas ou fortalecer uma marca. E independente do tamanho que ela seja, faz parte de todos os negócios procurar por tais estratégias para se manterem de maneira estável. As ações de marketing talvez sejam as propostas que mais se adequam aos diferentes perfis de empresas, ainda mais agora com o avanço das tecnologias e da internet, o leque de escolha é maior e é possível investir naquele que mais se encaixa ao quanto pode investir.
Segundo Felipe Regis Lessa, diretor de marketing e produtos da Pagtel, para as pequenas e médias empresas que desejam começar a investir em ações de marketing, aquelas que envolvam serviços com o celular são as mais indicadas, uma vez que não necessariamente precisam ser campanhas muito avançadas e as chances de se tornarem efetivas são grandes, por conta do crescente número de pessoas que realizam quase todas suas atividades via mobile. “Mobile marketing é uma área muito ampla, que tem vários tipos de ações, com objetivos diferentes. É uma rede complexa assim como o mercado da publicidade digital”, afirma. Mas, então, por que algumas pequenas e médias ainda relutam em fazer suas campanhas? Para ele, a resposta está justamente na falta de preparo.
Antes de começar qualquer ação de mobile marketing, Lessa explica que é importante que as PMEs tenham, em primeiro lugar, um banco de dados estruturado dos clientes, que entre as informações tenha número de telefone, nome, o que compra ou não e o que costuma comprar na sua empresa. Em seguida, é preciso ter autorização desse usuário, pois caso receba mensagens da empresa, ele precisa ter consciência de que esse foi um serviço concedido. “Existe uma série de coisas que precisam ser pensadas, uma série de reparações que a empresa precisa fazer antes de investir no mobile marketing. Eu não tenho visto, ainda, muitas PMEs trabalhando isso de uma forma mais estruturada. Tenho visto empresas pequenas mandando SMS pirata, por exemplo, para tentar conquistar cliente no escuro, sem saber exatamente quem é esse cliente e o que deseja”. Por outro lado, assim como as empresas ainda estão aprendendo a lidar com o marketing digital, o mobile marketing pode ser a próxima barreira a ser passada.
Para isso, basta que as pequenas e médias empresas entendam sobre o funcionamento do mobile marketing, já que muitas consideram ser uma opção apenas para os grandes negócios, que criam aplicativos e mobile sites, e se esquecem de uma alternativa simples e viável, o SMS. “O SMS é ferramenta de mobile marketing mais comum e mais fácil de trabalhar”, afirma o executivo. Porém, depois de entendida a relevância dessa opção de ação, é preciso cautela e planejamento no momento que for colocá-la em prática. “Se a empresa se comunicar a torto e a direito, sem algum critério ou relevância, vai acabar gerando uma imagem negativa. Vai virar um sistema de spam e não necessariamente de comunicação e de relacionamento com o cliente”.
Ao contrário do que se imagina, as opções com o SMS também são grandes. De acordo com Lessa, as PMEs podem desenvolver sistema de cuponagem, criar benefícios para os clientes, como programas de fidelização, avisar sobre mudanças, promoções, novas opções de produtos e comemorações em épocas especiais. Mas ele reafirma a importância da aceitação do consumidor, por mais que não haja uma legislação que proíba, é um ato que pode colocar em risco a imagem da marca.
“O fato de o celular estar o tempo todo com o cliente o torna uma ferramenta poderosíssima. O principal ponto que as PMEs se beneficiam é o relacionamento, é possível estreitar esse relacionamento avisando a esse cliente sobre fatos importantes da sua empresa. Consegue atingi-lo de uma forma muito mais assertiva do que um e-mail marketing ou mala direta e outras formas de marketing de relacionamento. Esse é o principal benefício que as empresas podem tirar neste tipo de campanha”, finaliza.