A Associação Brasileira das Empresas de Fidelização, Abemf, divulgou o primeiro balanço oficial do mercado de fidelidade no Brasil. Em 12 meses, foi apontado um aumento de 22% no número de cadastros em programas de fidelidade. Atingindo 67,7 milhões no terceiro trimestre de 2015. Os dados, consolidados pela consultoria GS&MD, referem-se às cinco das maiores companhias do segmento, associadas à Associação (Dotz, Grupo LTM, Multiplus, Netpoints e Smiles) sem eliminar a sobreposição de membros inscritos em diferentes programas.
Mais crescimento, mais engajamento
No mesmo trimestre, a quantidade de pontos/milhas emitidos alcançou os 45,2 bilhões, valor 3% superior ao terceiro trimestre do ano anterior. Nos nove primeiros meses do ano, foram acumulados 132,2 bilhões de pontos/milhas. Representando um aumento ainda maior, de 8,8%, na comparação com o mesmo período de 2014. As trocas por produtos e serviços também cresceram. Do terceiro trimestre de 2014 ao terceiro trimestre deste ano, houve um incremento de quase 14% na quantidade de pontos/milhas resgatados, chegando aos 38,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano.
Segundo o presidente da Abemf, Roberto Medeiros, isso é sinal de um maior engajamento dos participantes. “As pessoas estão cada vez mais atentas e dispostas a aproveitar melhor as vantagens dos programas de fidelidade. Principalmente em momentos de retração econômica, os pontos/milhas podem ajudar o consumidor em diferentes resgates. Desde uma passagem aérea até itens do cotidiano, como produtos de supermercado, ingressos para cinema, combustível e até o pagamento de contas”, afirma.
Faturamento
De acordo com os dados, a diversificação das opções para trocas, o investimento constante dos players do setor em campanhas informativas e, consequentemente, o engajamento dos participantes associado à entrada de novos consumidores nos programas foram movimentos que possibilitaram os resultados positivos de todo o segmento. Com isso, o faturamento bruto da indústria de fidelização no terceiro trimestre foi de R$ 1,29 bilhão, 25,8% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. “Esse resultado é especialmente expressivo, se considerada a degradação dos indicadores macroeconômicos em nosso país”, esclarece Medeiros.