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Mercado do luxo tem crescimento moderado



O mercado do luxo no Brasil teve crescimento em 2008, mas deve diminuir o ritmo em 2009. O setor que faturou US$ 5,99 bilhões e cresceu 12,5% em relação a 2007, tem para 2009 a previsão de um crescimento em menor intensidade, devendo atingir 8% e faturamento de US$ 6,45 bilhões. Os dados são da terceira edição da esperada pesquisa que avalia o desempenho do setor no Brasil e mensura as expectativas de investimento. O estudo “O mercado do luxo no Brasil – ano III”, iniciativa conjunta da GfK Brasil e MCF Consultoria & Conhecimento, foi realizado de novembro de 2008 a fevereiro de 2009 com 102 empresas que atuam no segmento do luxo ou premium no Brasil.

 

Os investimentos do setor que em 2007 foram de US$ 770 milhões e em 2008 de US$ 950 milhões, tem a previsão de chegar aos US$ 830 milhões em 2009. Além destes resultados, a pesquisa também apontou que, assim como as duas primeiras edições do estudo, a tributação elevada foi citada como o principal obstáculo para o crescimento do setor (para 62% dos empresários ouvidos na pesquisa). O outro entrave mais citado foi recursos humanos, com 11%.

 

Questionados sobre a influência da crise nos negócios, o setor se mostrou otimista. Apenas 14% do mercado acredita que no ano de 2009 seu negócio será muito afetado pela crise, contra 34% que acredita que não haverá nenhum impacto. A escassez de crédito também não preocupa, já que 46% dos empresários do segmento do luxo acreditam não serem afetados em nada por este motivo e apenas 15% temem ser muito afetados.

 

Apesar deste otimismo, a pesquisa aponta cautela do mercado. Das empresas estudadas, 64% devem diminuir a velocidade dos investimentos e 30%, apesar da crise, devem acelerar. Já 3% afirmaram manter e 3% interromper os investimentos. Quanto às metas de faturamento, em virtude da crise, 46% das empresas revisaram as previsões para baixo, 32% mantiveram e 22% revisaram para cima.

 

Perfil do setor – Das empresas estudadas, a maior parte atua no segmento do varejo com 58%, seguida por serviço (29%) e indústria (13%). Quanto a atuação específica, 27% são do ramo de moda, seguidas por calçados (17%), automóveis, joalherias e perfumarias com 10% cada. Empresas de alimentos, bebidas alcoólicas, cosméticos, confecção/ vestuário, mobiliário e hotelaria completam os segmentos do mercado de luxo.

 

Sobre a atuação das empresas no exterior, 42% responderam que têm presença fora do País, e 41% de seus clientes já realizaram compras da marca fora do Brasil, sendo o preço mais baixo o principal motivador para isso, de acordo com 63% dos entrevistados. A reversão desta realidade renderia 61% a mais no faturamento destas empresas aqui no Brasil e 34% em aumento do quadro de pessoal. Outros fatores que motivam a compra do luxo longe das fronteiras nacionais são variedade e glamour, que ficaram empatados com 19% cada.

 

Para o setor, a marca considerada benchmark nacional é a H. Stern com 24%, seguida da Daslu com 13% e Fasano com 10%. O benchmark internacional é Louis Vuitton com 32% seguida por Chanel com 5% e Hermés com 4%.

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