Mercado – Empresa e comunicação


João Gonçalves Filho (Bosco)

Com a globalização no mercado brasileiro, chegou-se à conclusão, entre as muitas estratégias exigidas para uma empresa ser lucrativa, que sem uma boa comunicação interna, seria impossível conquistar admiração junto ao público tão somente pela marca e, portanto, sem essa estratégia de modernidade, ou seja, o seu endomarketing.

A grande constatação verificada é que as empresas estão percebendo, cada vez mais, que a dinâmica imposta pela globalização, a comunicação dentro da empresa constitui-se tão relevante quanto fora dos seus espaços físicos. Quanto maior for a dimensão de análises das questões internas da empresa, maiores serão as chances de sucesso no seu marketing com clientes e produtos. A figura do “rádio peão”, segundo consultores renomados, há de ser banida, pois são pessoas que se ocupam com comentários, normalmente, não recomendáveis para harmonia da própria empresa, já que não refletem críticas construtivas e estão mais focadas para a desagregação das equipes de trabalho.

A comunicação interna na empresa há de ter o objetivo de desenvolver pessoas, envolvê-las no comprometimento do sucesso empresarial, motivá-las, continuamente, fazê-las participar de suas decisões, por meio de soluções plausíveis e objetivas, criar uma consciência profissional de que o cliente representa para a empresa o seu capital maior, portanto, ter o “foco do cliente e não o foco no cliente”, enfim, implementar a filosofia de que “a empresa é cada colaborador e agente maior de resultados”.

Numa visão agregada, a comunicação externa está diretamente vinculada ou associada à credibilidade ou “admirabilidade” de cada empresa. Uma marca ou produto é mais admirada ou goza de maior credibilidade em função direta de como essa empresa se comunica com a sociedade, partindo do pressuposto indiscutível de que “a comunicação dentro da empresa é tão importante quanto fora dela”.

A grande pergunta sempre formulada por empresários é: a comunicação é um investimento, cujo retorno possa ser quantificado ou avaliado ? Para o Jornalista, Professor e Escritor, Heródoto Barbeiro, da Rádio CBN e TV Cultura, assim responde: “claro que sim! Uma boa dose da “admirabilidade” de uma marca ou produto deve-se em muito à comunicação. Modernamente, uma empresa não é avaliada apenas pela parte material, mas, também, pela parte não-material, ou seja, pelo seu lado abstrato”.

Como síntese, a equação de sucesso da empresa moderna, competitiva, passa pela credibilidade que desfruta na comunidade em que atua. A companhia que não tem essa comunicação está fadada a ter uma má gestão de seus negócios, comentando o equívoco que funciona “de cima para baixo”, portanto, sem o envolvimento imprescindível dos seus colaboradores em suas estratégias de sucesso. Todos devem, indistintamente, estar envolvidos no objetivo de sucesso da empresa, não importando se é a pessoa que faz o cafezinho ou se o seu gestor maior. Para Heródoto Barbeiro, “a horizontalização da comunicação é inquestionável para que todos se envolvam no afã de torná-la uma empresa de sucesso e de lucratividade e conclui : esse envolvimento somente acontece, por meio da comunicação interna dentro da empresa”.

João Gonçalves Filho (Bosco) é administrador de consórcio. ([email protected])

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