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Mercado polarizado

A IBM Business Consulting Services (BCS) apresenta dois relatórios (“The Retail Divide: Leadership in a World of Extremes” e “Consumer Products 2010: Executing to Lead in a World of Extremes”) que prevêem a extinção dos varejistas de médio porte e um profundo reposicionamento da indústria de produtos de consumo até 2010. Devido a mudanças radicais nessas indústrias, surgirá um “mundo de extremos”, onde os varejistas deverão seguir o exemplo dos megavarejistas, que estão entregando um valor “suficientemente bom” a preços extremamente baixos, ou atuar em nichos de mercado exclusivos para satisfazer necessidades muito específicas dos consumidores.
As empresas de produtos de consumo também deverão optar entre oferecer preços excepcionais ou criar produtos que gerem apego emocional aos consumidores, diz o estudo.
Os varejistas latino-americanos vêm enfrentando um cenário cada vez mais competitivo. O varejo, além de estar sendo pressionado pelo aumento do custo tributário e de tarifas, sofre também com a diminuição da renda da população nos últimos anos. O período de 1994 a 1999 foi de euforia para o setor, devido a elevação do poder aquisitivo dos consumidores. No entanto, a partir de 2000, houve uma redução real na renda da população, além do surgimento de novas fontes de gasto, como telefone celular, TV a cabo e DVD. “Dessa maneira, o principal desafio do setor é adotar soluções de curto prazo que o torne competitivo em um cenário claro de aumento de custos e redução do poder aquisitivo dos consumidores,” afirma Alejandro Padron, sócio da IBM Business Consulting Services.
O mercado varejista chileno já é 100% aberto e encontra-se em um estágio de maturidade similar ao dos EUA e Europa. Já o varejo brasileiro vem passando por um processo de competição acirrada, devendo atingir o nível norte-americano em um prazo de 2 a 3 anos.
A competição global e a saturação de alguns mercados estão levando as indústrias de produtos de consumo à consolidação e à transformação de seus modelos de negócios. Na busca por posições onde possa ser mais competitiva, essa indústria identificou a Ásia e a América Latina como dois mercados emergentes, com grande potencial de crescimento. “A instalação de subsidiárias dessas empresas no Brasil é uma conseqüência do movimento de consolidação das fábricas em posições estratégicas, visando atender a novos mercados potenciais, como o nosso,” afirma Martiniano Lopes, sócio da IBM Business Consulting Services.
Adicionalmente ao fato do ambiente latino-americano não se encontrar no elevado patamar de maturidade e competitividade dos mercados americano e europeu, o PIB (Produto Interno Bruto) dos países da região vem aumentando. Esses fatores representam grande oportunidade para as empresas locais ou instaladas na região, que já conhecem muito bem as peculiaridades do mercado latino-americano.

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