Metade das pessoas não são bancarizadas

Cerca de 50% da população adulta do mundo ainda não é bancarizada, o que torna a inclusão financeira uma prioridade em todo o mundo, afirma o novo relatório global da MasterCard, chamado de “Uma Abordagem Progressiva Para a Inclusão Financeira”, que explora o progresso alcançado por 30 países desenvolvidos e em desenvolvimento no que se refere ao acesso e uso de produtos financeiros . A disparidade de uso e acesso aos serviços financeiros constatada neste relatório aponta para a necessidade de maior inovação da indústria e de criação de parcerias público-privadas.
O estudo ainda aponta que, no Brasil, 63% dos adultos têm acesso a algum produto financeiro, mas apenas 15% das transações são realizadas sem dinheiro. O que quer dizer que o país está na fase de transição tanto para adoção quanto em relação ao uso e segue no caminho para inclusão financeira. O país também possui alguns desafios pela frente: necessidade de ampliar os investimentos em grandes correntes de adoção e de uso dos produtos financeiros, como o aumento da oferta destinada a pagamentos e compras; e a avaliação de gargalos em outros segmentos como a adesão à poupança/investimentos de longo prazo.
No México, apenas 31% da população adulta possui um produto financeiro de pagamento e 4% das transações são realizadas sem dinheiro. No Quênia, 85% dos adultos possuem um produto financeiro de pagamento, mas 2% das operações de compra dos consumidores ocorrem sem uso de dinheiro. Já nos Estados Unidos, 91% dos adultos possuem um produto financeiro de pagamento e 45% das transações são realizadas sem uso do dinheiro. Neste caso, o desafio está em conectar as pessoas da base da pirâmide ao sistema financeiro. Na Alemanha, 98% dos adultos possuem produtos financeiros de pagamento e 33% das compras são realizadas sem o uso do dinheiro. Da mesma forma, no Japão, 98% dos adultos possuem produtos financeiros de pagamento, mas apenas 14% das compras são realizadas sem dinheiro. Ou seja, ambos países se beneficiariam ao abordar a preferência do consumidor pelo dinheiro por meio da inovação e educação financeira.
“Com metade da população adulta do mundo ainda excluída dos serviços financeiros formais, há uma necessidade urgente de compreender melhor as causas e as barreiras para ampliar e melhorar a inclusão. Embora o caminho para a inclusão financeira em cada país seja único e demande uma compreensão da realidade local, os benefícios são universais: ajudar os cidadãos a melhor enfrentar os altos e baixos financeiros e construir um futuro melhor e mais estável. Este relatório oferece um ponto de partida, uma direção estratégica de como promover de forma eficaz a inclusão financeira ao redor do mundo”, expõe Kevin Stanton, presidente da MasterCard Advisors. 

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