Mitos da comunicação atual


A “Pesquisa de Uso de Mídia, Mitos e Realidades”, recém-publicada pela Ketchum, agência internacional de relações públicas, e pelo Centro de Relações Públicas Estratégicas Annenberg, da Universidade do Sul da Califórnia, compara os hábitos de uso da mídia entre 1.490 adultos americanos e 500 profissionais dessa indústria. O estudo revela que as empresas precisam personalizar a comunicação e diversificar o mix de mídia, uma vez que os consumidores estão utilizando, cada vez mais, diferentes canais para obter informações de interesse.

Mitos & Realidades:

Mito: A mídia tradicional está com os dias contados.
Essa afirmação chega no momento em que o número de assinaturas de jornais e revistas e a audiência de TV vêm caindo em todo o mundo, o que incentiva a percepção de que canais tradicionais de comunicação estão com data certa para acabar. De acordo com a pesquisa, 73,6% dos consumidores assistem aos noticiários locais, enquanto que 68,9% não abrem mão de ler o jornal. O mais interessante é que essa realidade é válida em todas as gerações: 18 a 24 anos (52,3%), 25 a 34 anos (63,9%), 35 a 44 anos (65,7%), 45 a 54 anos (70,6%), 55 a 64 anos (78,7%) e 65+ anos (83,4%).

Mito: Jovens adultos não lêem jornal.
Mais da metade dos adultos entre 18 e 24 anos (52,3%) lêem jornais locais, sendo que 16,4% lêem um ou mais jornais nacionais. Segundo a pesquisa, os jovens são os mais equilibrados em seus hábitos de mídia, já que utilizam e estão abertos aos canais mais tradicionais como aos mais alternativos.

Mito: Os blogs dominam.
A pesquisa revelou que apenas 13,4% dos consumidores utilizam os blogs como ferramenta de informação. O grande obstáculo é a credibilidade. Em uma escala de 0 a 10, os consumidores atribuíram nota 5,2 para esse canal, enquanto que deram 7,3 para os jornais e 7,4 para os noticiários de TV.

Mito: Sites de relacionamento são para jovens.
Como reflexo do crescente interesse pelas relações interpessoais, a pesquisa descobriu que os sites de relacionamento, como o myspace.com e o friendster.com, atraem pessoas de todas as idades e não apenas os jovens. No geral, 17,1% dos entrevistados se classificaram como grandes usuários dessas mídias. A maioria é de jovens de 18 a 24 anos (41,9%) e de 25 a 34 anos (30,9%), porém uma boa parcela de adultos maduros também os utiliza: 35 a 44 anos (15,1%) e 45 a 54 anos (9,9%).

Mito: O boca-a-boca não pode ser gerenciado.
O estudo mostra que o boca-a-boca pode determinar o sucesso ou o fracasso de uma campanha de comunicação. O conselho de amigos e familiares é considerado por 43,7% dos consumidores, no momento da compra, e que uma em cada quatro pessoas segue os conselhos dos colegas de trabalho. A credibilidade é alta nos dois grupos. O boca-a-boca não consegue ser controlado, mas pode ser influenciado por comunicadores que entendem as necessidades de informação dos consumidores e criam ações criativas e precisas voltadas aos públicos de interesse.

Mito: O site da empresa é a melhor forma de educação.
Profissionais de comunicação das empresas costumam depender demais de seus sites para transmitir informações corporativas, enquanto os consumidores os vêem como apenas uma das várias fontes para essas notícias. Por exemplo, cerca de 50% das empresas utilizam seus sites para realizar anúncios corporativos, entretanto apenas 6,8% dos consumidores utilizam essa ferramenta quando desejam obter informações de compra.

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