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Mobile banking em alta

O uso dos canais
digitais no setor bancário segue em consolidação no Brasil, com destaque para a
forte expansão registrada no ano passado pelo mobile banking, que registrou
11,2 bilhões de transações bancárias, um crescimento de 138% em relação a 2014,
quando 4,7 bilhões de operações foram feitas pelos clientes. Os dados são da
Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2015, divulgada hoje pela Federação
Brasileira de Bancos.

Realizado pela
Deloitte, o estudo contou com a participação de 17 bancos, que representam 93%
dos ativos dessa indústria no País, e revela que o mobile banking é o segundo
canal preferido pelos clientes para transações bancárias: sua participação no
total das operações passou de 10%, em 2014, para 21% no ano passado. Em 2015, o
Brasil já contabilizava 33 milhões de contas ativas com o recurso mobile, um
crescimento significativo de 32% em relação ao ano anterior.

“O número de
transações via mobile banking cresceu mais de 100 vezes desde 2011. É um avanço
expressivo”, afirma Gustavo Fosse, diretor Setorial de Tecnologia e Automação
Bancária da FEBRABAN – naquele ano, foram registradas cerca de 100 milhões de
operações por este canal.

De acordo com a
pesquisa, as transações bancárias feitas por internet banking e mobile banking
ultrapassaram mais da metade do total, atingindo 54%. O internet banking foi o
canal responsável pelo maior número de transações no ano passado, com 33% do
total – o equivalente a 17,7 bilhões de operações bancárias. As contas com
internet banking saltaram de 56 milhões, em 2014, para 62 milhões, em 2015,
segundo o levantamento.

“O crescimento do
uso de canais digitais tem sido impulsionado por alguns fatores. O primeiro
deles está relacionado à indústria, já que os bancos têm funcionado como um
importante indutor em inovações tecnológicas, preocupando-se cada vez mais em
trazer comodidade aos seus clientes”, afirma Gustavo Fosse. “Outro fator diz
respeito ao acesso à internet no Brasil, que cresceu nesse último ano e já está
acessível para 56% da população”, complementa. “O uso de smartphones também tem
alavancado esse aumento; se olharmos o cenário global, estamos acima da média
mundial, que é de 37%.”.

Investimentos

O estudo trouxe
ainda importantes dados sobre investimentos em tecnologia. Mesmo em um cenário
econômico desafiador, os bancos brasileiros continuam investindo maciçamente em
TI. Em relação às 10 maiores economias, o Brasil ocupa, com base na proporção do
PIB (Produto Interno Bruto), o 7º lugar em gastos com tecnologia da informação
no setor bancário, e é o país entre os BRICs que mais investe em TI
proporcionalmente ao tamanho da economia. 

De acordo com a
pesquisa do ano passado, os investimentos e as despesas
em TI somaram R$ 19,2 bilhões em 2015. Desse total, 44% foram destinados a
software, 35% a hardware, e 20% a telecom. No Brasil, o setor bancário é
responsável por 13% dos investimentos e despesas feitas em tecnologia da informação,
mesmo percentual que a estatística mundial.

Pontos físicos

Apesar do franco
crescimento dos canais digitais, os pontos físicos e outros canais de
atendimento continuam desempenhando um papel importante no atendimento aos
clientes bancários. Segundo o estudo, o total de transações realizadas em
agências bancárias, POS (pontos de venda no comércio), ATM (autoatendimento) e
correspondentes foi de 23,6 bilhões, o que representa 45% do total.

O estudo revelou
também que, em 2015, o universo de agências físicas sofreu uma ligeira queda,
também verificada, de forma mais acentuada, nos correspondentes bancários, PABs
e PAEs. No caso das agências, o total registrado em 2015 foi de 22,9 mil,
contra 23,1 mil no ano anterior. O total de PABs (postos de atendimento
bancário) e PAEs (postos de atendimento eletrônico) registrado pela pesquisa
foi de 45,5 mil, em 2015, ante 51 mil, em 2014. Já os correspondentes passaram
de 346,5 mil, em 2014, para 293,8 mil em 2015.

“Esses ajustes
estão relacionados a três principais fatores: à conjuntura econômica vivida
pelo País, que culminou no fechamento de uma série de estabelecimentos; à
política de eficiência operacional de alguns bancos, que optaram em realizar
uma revisão para solucionar sobreposições de pontos de atendimento existentes;
e à própria diversificação dos canais de atendimento”, completa Fosse.

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